Ministro da Economia, Pedro Reis, cumprimenta Gonçalo Regalado, o novo presidente executivo do Banco Portuuês de Fomento.
Ministro da Economia, Pedro Reis, cumprimenta Gonçalo Regalado, o novo presidente executivo do Banco Portuuês de Fomento.Gerardo Santos

Banco de Fomento apresenta plano de ação: "Não há espaço para errar", avisa ministro da Economia

Gonçalo Regalado, novo CEO do Banco Português de Fomento, traçou as metas da sua gestão até 2027. Em 2025 serão disponibilizados 14,6 mil milhões de euros em garantias financeiras às empresas.
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O Banco Português de Fomento (BPF) tem um nova administração e um novo plano de ação que foi apresentado esta segunda-feira. O ministro da Economia, Pedro Reis, dirigiu palavras de "suporte institucional de total apoio" à nova gestão, mas também deixou bem claro que "não há espaço para errar".

Pedro Reis agradeceu à anterior administração - que teve como presidente executiva Ana Carvalho, que saiu do cargo a 31 de dezembro, e como chairman Celeste Hagatong, que renunciou ao mandato em setembro por motivos de saúde - reconhecendo que a " tarefa do BPF não tem sido fácil", com "barreiras que tiveram que ser suplantadas".

Mas agora o ministro da Economia espera que o BPF "ajude a fazer política económica". Pedro Reis disse que o BFP terá seis desafios, que serão seis vetores de atuação. Entre eles estão o reforço do portefólio de garantias, a capacidade de o BPF se constituitr como agência de crédito à exportação, o alargamento e redesenho da rede de parcerias internacionais, a ativação de garantias para investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência e PT2030 e o reforço dos instrumentos de capital e de investimento, nomeadamente através da Portugal Ventures, com apoio nos estágios mais embrionátrios dos projetos, mesmo em fase seed e pré-seed.

Sobre o reforço das parcerias estratégicas de investimento, o ministro da Economia disse que está em negociação um acordo com os Emirados Árabes Unidos e que o objetivo "é não só fechar essa agenda que se abriu, mas ir fazendo em mais países".

Gonçalo Regalado, o novo presidente executivo da instituição, traçou as metas da sua gestão até 2027. São "mil dias" - contabilizou o CEO - para pôr em ação um plano que tem como meta impulsionar o investimento empresarial, e que inclui 14,6 mil milhões de euros de garantias financeiras ao longo de 2025, "5% do PIB", sublinhou o gestor. O plano prevê também investimentos "relevantes" em tecnologia para criar um Banco de Fomento Digital para "ganhar tempo de resposta" e "eficiência operacional ao serviço das empresas". O gestor admitiu que "não é tolerável demorar meses a responder às empresas".

O CEO anunciou um novo modelo de garantias pré-aprovadas, tendo sido criados "modelos para saber o limite da garantia a conceder" como faz a banca comercial, que abrangerá 150 mil empresas até maio. O primeiro lote, de 50 mil, avança já em março, outras 50 mil em abril e mais 50 mil em maio. "Dar garantias pré-aprovadas é dizer às empresas invistam", sublinhou Gonçalo Regalado. O gestor afastou problemas de risco, apontando para números que indicam que a dívida bancária das empresas portuguesas tem vindo a cair e está "abaixo da média europeia".

Anunciado foi também o reforço das parcerias com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Fundo Europeu de Investimento (FEI).

No âmbito do FEI InvestEU estão em negociação "6500 milhões de euros para alavancar investimentos estratégicos e inovadores", avança a instituição financeira. O BPF InvestEU tem 3555 milhões de euros de garantias para projetos de inovação, sustentabilidade e investimento e o programa ADN 2025 (Apoio ao Desenvolvimento de Negócios) e o MPE 2025 (micro e pequenas empresas) prevê mais 1250 milhões. E para alavancar investimentos com fundos europeus , há três mil milhões para o PT2030 e 278 milhões para "apoiar projetos inivadores e aclerar a transição digital e sustentável já reprogramados no PRR".

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