Vieira da Silva admite imposto sobre lucros das empresas para financiar Segurança Social

Ministro não descarta, porém, os riscos de taxar os lucros das empresas. "Seria uma parte sempre minoritária" do financiamento

O ministro do Trabalho e da Segurança Social admite taxar os lucros das empresas para financiar a Segurança Social. Em declarações à TSF, Vieira da Silva esclareceu que a medida está no programa do Governo e que a hipótese não está afastada, ainda que admita que pode ser um sinal "anti-modernização" da economia pouco positivo. "É uma ideia que alguns defendem, mas tem muitos riscos".

Vieira da Silva referiu ainda que esse financiamento oriundo dos impostos sobre os lucros seria uma parte "sempre minoritária" do financiamento da Segurança Social, mas que não vê como injusta a "repartição do esforço contributivo".

Na segunda-feira, o ministro do Trabalho admitiu a definição de novas formas de financiamento da Segurança Social no Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), adiantando apenas que essas medidas ainda estão em fase de preparação.

À margem da apresentação da nova estratégia de modernização da Segurança Social, e questionado pelos jornalistas, Vieira da Silva afirmou que o Governo "está disponível" para discutir algumas ideias de diversificação de fontes de financiamento, conforme previsto no Programa de Governo.

"Não estão ainda concretizadas outras propostas, é provável que ainda durante este ano possamos dar passos em frente nessa discussão. Está ainda numa fase de preparação", disse o governante, acrescentando que essas medidas possam entrar "eventualmente" na proposta de OE2018.

Ainda assim, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social reiterou que, para "dar mais sustentabilidade" à Segurança Social, "o essencial ainda continua a ser o desempenho da economia".

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