Teixeira Duarte quer vender posição na Lusoponte e o Lagoas Park

O grupo prevê "uma redução significativa do passivo bancário, alinhada com um programa de alienação de ativos no valor de cerca de 500 milhões de euros"
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A Lusoponte, concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, e o Lagoas Park, em Oeiras, são dois dos ativos que a Teixeira Duarte quer vender no âmbito do acordo fechado com a banca para reduzir o passivo bancário.

De acordo com o Relatório e Contas de 2017 do grupo, publicado no 'site' da empresa, a participação de 7,5% que detém na Lusoponte -- Concessionária para a Travessia do Tejo e o empreendimento Lagoas Park constam entre as empresas que estão "para venda" na sequência do programa de alienação de ativos no valor de 500 milhões de euros anunciado na semana passada.

A notícia tinha sido divulgada hoje pelo Jornal de Negócios, que refere que entre os "ativos detidos para venda" estão ainda a posição de 9% que a Teixeira Duarte detém na Auto-Estradas do Baixo Tejo (AEBT -- Vias do Baixo Tejo), os 100% que possui da Bonaparte -- Imóveis Comerciais e Participações e a TDHOSP -- Gestão de Edifício Hospitalar, empresa gestora do novo edifício do Hospital de Cascais.

Segundo nota ainda o Negócios, a Mota-Engil e a Vinci, principais acionistas da Lusoponte, têm direito de preferência na compra da concessionária.

Quanto ao Lagoas Park, o jornal aponta que "fontes do mercado imobiliário" avaliam o empreendimento em 300 milhões de euros.

No passado dia 12, a Teixeira Duarte tinha já anunciado que quer vender 90% da TDHOPS por cerca de 19,4 milhões de euros, tendo para efeito celebrado a 09 de abril um contrato com subsidiárias de um fundo de investimento gerido pela sociedade gestora '3i Investments. O negócio aguarda autorização do Estado.

Ainda classificados como "ativos para venda" estão os 0,04% de capital que a Teixeira Duarte ainda detém no Banco Comercial Português (BCP).

A Teixeira Duarte comunicou na quarta-feira passada ao mercado ter fechado um acordo com o BCP, a CGD e o Novo Banco que prevê "uma redução significativa do passivo bancário, alinhada com um programa de alienação de ativos no valor de cerca de 500 milhões de euros".

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Teixeira Duarte informou que "encetou um processo com o Banco Comercial Português, S.A., a Caixa Geral de Depósitos, S.A. e o Novo Banco, S.A. em ordem a acordar os termos em que o Grupo Teixeira Duarte vai proceder à redução do seu ativo e do seu passivo".

O processo culminou na assinatura, na terça-feira de semana passada, de um "Acordo Quadro relativo à Dívida do Grupo Teixeira Duarte" com os três referidos bancos que, no essencial, "prevê uma redução significativa do passivo bancário alinhada com um programa de alienação de ativos no valor de cerca de 500.000 milhares de euros, bem como o aumento da maturidade dos financiamentos e a otimização do custo de financiamento".

Na mesma nota ao mercado, o grupo considera "ser muito relevante todo este processo, porquanto permite programar, nomeadamente, a velocidade de redução do endividamento bancário do Grupo, salvaguardando dessa forma níveis adequados de liquidez".

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