Rafael Mora renuncia na Pharol e na brasileira Oi
Gestor era dos poucos que tinham transitado da administração da antiga PT SGPS
Rafael Mora renunciou aos cargos que ocupava no conselho de administração e comissão executiva da Pharol. O gestor não quis comentar a sua saída. A Pharol não adianta informações sobre uma eventual substituição de Mora na comissão executiva, na qual, a par do presidente Luís Palha da Silva, era o único administrador e dos poucos administradores no conselho que se mantinha do tempo da PT SGPS. Mora era ainda administrador não executivo da operadora brasileira Oi, em representação da Pharol.
A saída de Mora surge num momento em que tem sido notícia uma possível entrada de Nelson Tanure, um dos acionistas de referência da Oi através da Société Mondiale, no capital da Pharol. Segundo o Expresso, Tanure controlará através de veículos 10% da Pharol e pretendia obter o apoio dos acionistas de referência da empresa para afastar Rafael Mora na próxima assembleia geral, de 26 de maio.
No outro lado do Atlântico, Tanure, mal entrou na Oi, pediu o afastamento dos administradores da Pharol da Oi, entre os quais Rafael Mora. O gestor foi um dos administradores mais ativos na negociação com os acionistas brasileiros da Oi, depois do default de 897 milhões de euros da Rioforte, a holding do GES, garantindo que a PT SGPS (mais tarde Pharol) se mantinha como acionista da operadora brasileira. Foi também Mora que liderou os novos termos do negócio com a Oi, em que a Pharol passou a deter os mesmos direitos de voto do que os outros acionistas (10%).
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