O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, defende que a situação da TAP não é comparável ao Novo Banco, até porque a instituição financeira não é pública. "A TAP custa muito dinheiro. Não é um Novo Banco porque o Novo Banco não é público e nós não estamos lá", disse Pedro Nuno Santos no Parlamento, no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2021.."Quando for conhecido o plano de reestruturação vai estar a previsão de quando atingimos o break-even e quando pode começar a devolver ao Estado" a ajuda de 1.200 milhões de euros..Questionado sobre a TAP estava ainda a receber novos aviões, o governante, numa primeira fase indicou que não e que estava a ser negociada "a devolução de alguns aviões". No entanto, numa outra resposta aos deputados do PSD, Pedro Nuno Santos corrigiu esta indicação dizendo que a companhia aérea recebeu há uns meses uma aeronave, mas que já estava paga. A dimensão e composição da frota vai ser conhecida em maior detalhe aquando da divulgação do plano de reestruturação, que "conheceremos em breve"..No início da sua intervenção, o ministro das Infraestruturas começou por dizer que "toda a economia tem sido atingida pela crise económica, social e sanitária que hoje vivemos no mundo. Há setores que sofreram mais que outros. O mais atingido é o da aviação (...) que tem uma quebra no seu volume de negócios de cerca de 70% em relação ao ano anterior". E por isso, defendeu, "não é por acaso que todos os países europeus, do mundo, se mobilizaram para resgatar as suas companhias de bandeira"..A TAP recebeu no início deste semestre uma Ajuda de Estado de 1.200 milhões de euros. Em troca, o grupo tem de desenvolver um plano de reestruturação, que tem de chegar a Bruxelas até 10 de dezembro. Durante a sua intervenção, Pedro Nuno Santos, recordou alguns números: a TAP foi responsável por 2,6 mil milhões de euros de exportações no ano passado e comprou 1300 milhões de euros a empresas portuguesas.."A autorização que foi dada por Bruxelas foi a uma injeção para garantir a liquidez, tesouraria da empresa até ao final do ano. Durante esse tempo, a TAP tem de desenvolver um plano de reestruturação que garanta à Comissão Europeia a viabilidade para os próximos 10 anos. E é no quadro desse plano, onde vão estar elencadas as medidas de reestruturação, quais são as necessidades de injeção adicionais. Só nesse momento, e em negociação com a Comissão, vamos conseguir identificar o valor necessário para promover a recuperação da empresa"..Apesar disto, o Executivo inscreveu no Orçamento para 2021 a possibilidade de concessão de garantias no valor de 500 milhões de euros..Questionado sobre se a TAP transferiu recentemente fundos para a Manutenção Brasil, o governante indicou que: "as tranches só servem para pagar despesas faturadas à TAP. Há uma empresa no Brasil - a Manutenção Brasil - que faz serviços à TAP. Não é dinheiro transferido para a operação Brasil mas foram serviços pagos pela TAP no valor de 700 mil euros"..Quanto às novas rotas que a companhia aérea vai ter, o ministro assegurou que "está a ser desenvolvido um plano de reestruturação, que vai dar resposta às necessidades de assegurar a coesão territorial". "É no quadro do plano de reestruturação que estamos a fazer esse trabalho. O que foi feito - ainda não estávamos a liderar a empresa - foi a abertura de rotas depois de reuniões no Algarve, como presidentes de Câmara, no Porto também. A promoção da coesão territorial é uma das preocupações do plano de reestruturação e é nesse quadro que vamos tentar concretizá-lo", garantiu..Leia mais em Dinheiro Vivo a sua marca de economia