O Novo Banco vendeu 13 mil imóveis do portefólio Viriato - um negócio que anunciou à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários a 10 de outubro de 2018 - a um fundo de investimento com sede nas ilhas Caimão, cuja identidade dos proprietário é desconhecida. O próprio banco financiou o fundo de investimento na compra dos imóveis, um negócio que gerou perdas, que foram compensadas pelo Fundo de Resolução..A notícia é avançada esta terça-feira pelo jornal Público, que dá conta que os 5.552 imóveis e 8.791 frações foram vendidas por 364 milhões quando estavam avaliados, nas contas do banco, por 631 milhões de euros. "Uma pechincha", criticou, em março de 2019, a deputada Helena Roseta, que defendia que, aquele preço, o imobiliário não estratégico do Novo Banco deveria ficar na posse do Estado..O prejuízo contabilístico deste negócio no balanço da instituição, presidida por António Ramalho, foi coberto pelo Fundo de Resolução que, lembra o Público, se compromete a injetar dinheiro sempre que as contas do Novo Banco fiquem ameaçadas..Segundo o jornal, este foi o maior negócio imobiliário realizado em Portugal nos últimos anos e o segundo maior da Península Ibérica..PS quer ouvir presidente do Novo Banco logo na reabertura dos trabalhos parlamentares.O PS quer que o presidente do Novo Banco seja ouvido logo na reabertura dos trabalhos parlamentares, em setembro, visando esclarecer suspeitas se a venda de imóveis feita por este banco está a lesar o Estado..Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia referiu que "há dois meses" a Comissão de Orçamento e Finanças aprovou uma série de audições propostas pelo PS com entidades e instituições do setor financeiro.."Entendemos que é essencial que na reabertura dos trabalhos parlamentares, em setembro, essas audições comecem precisamente pelo Novo Banco, designadamente pelo seu presidente [António Ramalho], seguindo-se o Fundo de Resolução", afirmou João Paulo Correia..Leia mais em Dinheiro Vivo a sua marca de economia