Medina acaba 2022 com folga orçamental de 1600 milhões de euros

Execução 2022. Um dos grandes argumentos do governo para conservar este tipo de margens é que o País tem uma dívida demasiado grande e precisa destas folgas para não depender tanto dos mercados.

O défice orçamental, medido em contabilidade pública (lógica de caixa, a que é apurado pelas Finanças), terminou o ano de 2022 nos 3.590,8 milhões de euros, menos 1.600 milhões de euros face ao previsto no Orçamento do Estado aprovado referente a 2022, revelou o Ministério das Finanças, esta sexta-feira.

No OE2022, o governo tinha obtido uma autorização do Parlamento para poder ir até um défice de 5,2 mil milhões de euros: resultado de um limite de 106,6 mil milhões de euros na despesa e de 101,4 mil milhões de euros na receita.

Mas, mesmo com os apoios às famílias e empresas contra os efeitos da crise inflacionista e energética, avaliados pela tutela em mais de 5,7 mil milhões de euros, o ministro Fernando Medina conseguiu o que sempre disse que queria: contas certas e rigor orçamental. Assim, obteve uma folga assinalável na execução orçamental do ano passado, os tais 1600 milhões de euros que optou por não redistribuir pelos contribuintes, nem parcialmente.

Um dos grandes argumentos para conservar este tipo de margens ou execuções mais positivas do que o esperado é que o País tem uma dívida demasiado grande e precisa destas folgas para não ir tanto aos mercados, fazendo assim baixar o endividamento excessivos, que ainda hoje está acima dos 120% do produto interno bruto (PIB).

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