Mário Centeno entre os favoritos para suceder a Lagarde no FMI

Além do ministro das Finanças português, estão também na shortlist o ex-presidente do Eurogrupo, Jeroën Dijsselbloem, o finlandês Olli Rehn e a espanhola Nadia Calviño
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O governador do Banco de Inglaterra liderava a lista de nomes prováveis para suceder a Christine Lagarde quando esta deixar a cadeira de diretora-geral do FMI (que já suspendeu), a 12 de setembro, para assumir a presidência do Banco Central Europeu (BCE), no mês seguinte, quando Mario Draghi sair. Mas a shortlist divulgada nesta quarta-feira nem sequer refere Mark Carney.

De acordo com o Wall Street Journal, são quatro os candidatos ao lugar - e dois deles com relação muito próxima com Portugal: o ministro das Finanças português e atual presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, e o seu antecessor na Europa, Jeroën Dijsselbloem, que afirmou, em pleno resgate financeiro a Portugal, que os países do Sul tinham o péssimo hábito de gastar o dinheiro todo em mulheres e copos.

A shortlist fica completa com os nomes da ministra da Economia espanhola, Nadia Calviño, e do governador do banco central finlandês, Olli Rehn.

Quem será o próximo líder do FMI? A questão terá sido abordada esta noite à margem da reunião do G7 em Chantilly, avança o Wall Street Journal, onde estiveram os ministros das Finanças dos quatro países europeus mais ricos: Alemanha, França, Itália e Reino Unido. A mesma publicação adianta que haverá um acordo informal de troca de apoios entre os sete países mais ricos, com os europeus a apoiarem o candidato norte-americano para liderar o Banco Mundial e os restantes a darem apoio a um europeu para o FMI.

Segundo a Bloomberg, não é porém o candidato português mas o holandês que mais apoios tem recolhido, sendo considerado, pela experiência no Eurogrupo, como um negociador talentoso. Aquela publicação dá também espaço à possibilidade de a opção recair sobre uma mulher - caso em que a ministra espanhola teria vantagem -, mas o próprio governo do país vizinho terá assegurado que Calviño está bem na posição que ocupa em Madrid.

"Qualquer que seja a escolha, deverá ser baseada no mérito", disse em Chantilly o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, citado pela Bloomberg. "Qualquer dos nomes que têm sido falados será uma bela escolha e garantirá que ficamos em boas mãos."

* Joana Petiz é jornalista do Dinheiro Vivo

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