Lay-off abrange 62% dos trabalhadores
Centeno defendeu a abertura da economia e sublinhou que o regime de lay-off está a ser adaptado ao desconfinamento do país.
"62% da força de trabalho com referência ao mês de fevereiro está efetivamente em lay-off", confirmou Mário Centeno, ministro do Estado e das Finanças, esta quarta-feira, na Assembleia da República, sublinhando que há muitas empresas que têm só parte dos trabalhadores neste regime.
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Mário Centeno recordou que o lay-off funciona até junho, "mas é prorrogável até seis meses", em resposta às questões levantadas sobre esta matéria pela deputada do CDS, Cecília Meireles.
Para Centeno, o lay-off "é um mecanismo importante e tem que ser adaptado à medida do desconfinamento e está a ser adaptado". E sublinhou: "A economia pode e deve abrir".
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Empresas acreditam no futuro
Sobre os pedidos das empresas de acesso às linhas de apoio com garantia do Estado, Mário Centeno admitiu que "não há tantos contratos assinados como se desejava nem como se esperava", mas o processo entre a aprovação e a contratação da garantia segue alguns passos que não podem ficar sem controlo.
"Não podemos eliminar os controlos", sublinhou, até porque em caso contrário o ónus de incumprimentos cairia sobre os cofres públicos.
Centeno aproveitou para adiantar que a medida de prorrogação das obrigações fiscais, nomeadamente do IVA e IRS, lançada para dar liquidez imediata às empresas não teve para já a adesão esperada. Segundo os números do ministro das Finanças, 68% do volume de IVA referente a abril foi pago na sua totalidade pelas empresas com faturação inferior a 10 milhões de euros no regime mensal.
Esta medida "era de borla e as empresas não o fizeram". Só "32% do volume de IVA a devolver ao Estado foi prorrogado", frisou. Para Mário Centeno, "as empresas acreditam mesmo no seu futuro e não adiaram as suas obrigações". Contudo, admite desconhecer se esta tendência "se vai manter ou não nos próximos meses".
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