Inflação da zona euro com valor recorde de 8,4% em 2022
União Europeia também atingiu um máximo histórico (9,2%), mais do triplo dos 2,9% de 2021.
A inflação na zona euro atingiu, em 2022, um recorde de 8,4%, face aos 2,6% registados no ano anterior, e a da União Europeia (UE) um máximo de 9,2%, mais do triplo dos 2,9% de 2021, segundo o Eurostat.
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De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo serviço estatístico europeu, considerando os principais componentes da inflação -- medida pelo Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IHPC), o indicador utilizado para comparações a nível da UE -- a maior subida (18%) foi registada nos preços das casas, água, eletricidade, gás e outros combustíveis.
A componente dos transportes registou a segunda maior subida homóloga (12,1%), seguida da alimentação e bebidas não alcoólicas (11,9%).
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Todas as restantes componentes principais do indicador viram a inflação subir, no ano passado, entre 2,0% e 8,1%, face a 2021, exceto o preço das comunicações, que teve um recuo homólogo de 0,1%.
Na última década, destaca ainda o Eurostat, a inflação homóloga da zona euro recuou entre 2013 e 2015, atingindo um mínimo de 0,2% em 2015 e 2016, tendo depois subido anualmente até os 1,8%, em 2018, e recuado para os 1,2% no ano seguinte.
Em 2020, a taxa de inflação homóloga nos países do euro fixou-se nos 0,3%, registando uma subida para os 2,6% em 2021 e atingindo, no acumulado de 2022, um máximo histórico de 8,4%.
Considerando os Estados-membros, as maiores taxas de inflação homóloga medida pelo IPHC foram registadas, no ano passado, na Estónia (19,4%), Lituânia (18,9%) e Letónia (17,2%).
No outro extremo da tabela, França (5,9%), Malta (6,1%) e Finlândia (7,2%) apresentaram as menores taxas de inflação anual no acumulado de 2022.
Em Portugal, a taxa de inflação homóloga chegou aos 8,1%, que se compara com a de 2,7% de 2021.