"Iremos criar uma contribuição extraordinária sobre todos os imóveis que se mantenham no alojamento local", disse o primeiro-ministro, salientando que a receita será consignada ao IRHU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana) para financiar políticas de habitação..A medida visa também chamar a contribuir para as externalidades negativas que o alojamento local produz por parte de quem tem o benefício desta atividade..No briefing do Conselho de Ministros participam além do primeiro-ministro, os ministros da Habitação, Marina Gonçalves, e das Finanças, Fernando Medina..Sem entrar em detalhes sobre a contribuição, Fernando Medina assinalou que, no que respeita ao alojamento local, existe uma "diferença muito significativa entre as várias regiões do país", que justifica a taxação variável, consoante a rentabilidade e a dimensão do alojamento local e o aumento das rendas na área onde se insere..A taxa, disse, terá por base três fatores: a rendibilidade do alojamento local, a variação do aumento das rendas sentido na região onde esse alojamento se situa e a dimensão do alojamento local..O ministro disse ainda ser "expectável" que do apuramento resultante desta fórmula "haja uma diferença muito significativa entre as várias regiões do país", o que significa que em regiões do interior "as taxas, a existirem, terão, de facto valores muito reduzidos"..Por outro lado, o Estado pretende cativar os senhorios para transferirem os imóveis que têm em alojamento local para habitação, assegurando aos que o fizerem até final de 2024, uma isenção de tributação de IRS até 2030, como "compensação para a diminuição de receita que vão ter"..O pacote de medidas hoje aprovado prevê a disponibilização de mais solos para construção de habitação, incentivos à construção por parte de privados e incentivos fiscais aos proprietários para colocarem casas no mercado de arrendamento, além de apoios para os jovens conseguirem arrendar casa.