Fundo finlandês investe 260 milhões no Algarve
Quase 30 anos depois de ter comprado 150 hectares de terreno para a construção de um complexo turístico de luxo em Loulé, o Grupo Pontos, um fundo finlandês, põe, finalmente, a obra a avançar. O Ombria Resort recebe hoje a primeira pedra; as portas abrem em 2019.
"Será diferente de muitos dos resorts da região. Com ambiente sossegado e relaxado, pretendemos que os nossos hóspedes e proprietários possam interagir com outros membros da comunidade local e também conectar-se com a natureza", revelou ao DN/Dinheiro Vivo Julio Delgado, CEO do grupo.
O complexo hoteleiro vai incluir um hotel com 76 quartos e 65 residências turísticas. Também terá um campo de golfe com 18 buracos, um clubhouse, um centro de conferências, cinco restaurantes, spa, um observatório astronómico, piscinas aquecidas e outras instalações de lazer e bem-estar.
"Se tudo correr como previsto, esperamos que a primeira fase, que inclui as infraestruturas - estradas, redes de água, eletricidade, esgotos, telecomunicações, iluminação pública e paisagismo -,o campo de golfe, que está em construção desde outubro de 2016, e o complexo hoteleiro e residências Viceroy, esteja concluída no fim de 2019".
Esta primeira empreitada é a que começa a avançar hoje e tem um custo estimado de cem milhões de euros. As outras duas ainda não têm datas previstas para avançar, porque ainda dependem de licenciamentos. Quando arrancarem, o investimento do grupo finlandês sobe para 260 milhões. O fundo de private equity avança com 60% de capitais próprios, o que "atesta o compromisso do investidor em realizar o projeto dentro dos prazos estipulados e com a qualidade elevada", diz o gestor.
Com Portugal na boca dos turistas e o Algarve entre os destinos onde há maior investimento imobiliário por estrangeiros, o grupo sabe exatamente que investidores cativar. "Os mercados que temos definidos como alvo para o Ombria Resort são, sobretudo, clientes e investidores do Norte e Centro da Europa, nomeadamente Reino Unido, França, Alemanha, Benelux e Escandinávia, bem como Estados Unidos, Médio Oriente e Ásia, sem esquecer Portugal", conta Julio Delgado.
E, depois de tantos anos a resolver questões ambientais e entraves burocráticos, o tempo já não parece ser um problema. "A abertura da primeira fase está prevista para finais de 2019. Não acreditamos que o boom turístico tenha abrandado até lá, até porque o conceito do nosso projeto é único, dirigido a um público muito específico", refere o responsável, sublinhando que a ideia é oferecer um projeto inovador. "É um empreendimento turístico de nova geração que visa afirmar-se como uma referência do setor no Algarve e no Sul da Europa. A sua localização única, a sua envolvente natural, com colinas e ribeiras, e o contacto com o verdadeiro Algarve permitem posicionar o nosso resort de forma diferenciadora."
A vertente imobiliária é uma das maiores apostas. Algumas das residências turísticas vão ficar sob a gestão da Viceroy Hotels & Resorts, que também terá a exploração do hotel. Haverá "diferentes apartamentos, moradias em banda e vilas de luxo, de tipologias T0 até T6. Os valores de venda poderão variar entre os euro300 mil e acima dos euro2,5 milhões".