Fórmula das pensões não serve para inflação muito baixa ou muito alta

Ministro das Finanças recorda que fórmula de atualização das pensões foi criada quando pertencia à equipa do então ministro da Segurança Social, Vieira da Silva. E que a fórmula não só não garantiu mínimos em tempos de inflação muito baixa, como "também não foi criada para períodos de inflação extraordinária como aquele que estamos a viver".

A fórmula de atualização das pensões de reforma tem de ser revista por se ter revelado, passados estes anos desde que foi criada, em 2008, inadequada, considera o ministro das Finanças.

Em entrevista ao Jornal de Notícias, Fernando Medina lembra que fazia parte da equipa do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, quando se avançou com a nova fórmula (foi secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional entre 2005 e 2009).

"Recordo-me bem do trabalho, da discussão. Recordo-me, aliás, de o Partido Socialista ter ficado sozinho na defesa dessa fórmula, que hoje é, aparentemente, defendida por todos (...). Passados estes anos da aplicação da fórmula de financiamento podemos retirar algumas lições. Primeiro, a fórmula não funcionou bem quando a nossa inflação era muito baixa", diz Medina.

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