EUA incluem portal do grupo Alibaba entre entidades que vendem produtos falsos
O Governo dos Estados Unidos incluiu o portal chinês de comércio eletrónico Taobao, do grupo Alibaba, numa lista de entidades que promovem falsificações e pirataria, numa decisão que a empresa sugere ter motivações políticas.
Um relatório do Gabinete do Representante do Comércio Externo (USTR) dos EUA colocou o Taobao como uma das plataformas que facilitam as violações dos direitos de propriedade intelectual, quatro anos após ter excluído a empresa daquela categoria.
"Questionamos se o USTR atuou com base em factos reais ou foi influenciado pelo atual clima político", disse o Presidente do grupo Alibaba, Michael Evans, em comunicado.
"Estamos muito mais eficazes e avançados na proteção dos direitos de propriedade intelectual do que quando o USTR nos tirou da lista há quatro anos. A decisão ignora o trabalho feito pelo Alibaba", aponta.
Também na China o Alibaba foi acusado de vender produtos contrafeitos, segundo um relatório conjunto da Administração Estatal da Indústria e Comércio e da Associação de Consumidores, difundido no ano passado.
O relatório detalha que 41% dos produtos vendidos através das plataformas digitais chinesas são cópias.
Em maio, a Coligação Internacional Antifalsificações, dedicada à perseguição da pirataria e dos produtos falsos, suspendeu o Alibaba, devido às "preocupações" manifestadas por outros membros.
A empresa chinesa diz que aumentou os esforços para detetar a venda de falsificações nas suas plataformas, nos últimos anos, através da cooperação com a polícia chinesa ou a organização de encontros com grandes marcas internacionais.
"As mais de 100.000 marcas que operam no Alibaba não podem estar todas enganadas. É uma demonstração clara de confiança que os titulares dos direitos depositam em nós", afirmou Evans.