Entrevista

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Jaime Silva

Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas

Desvaloriza a Casa do Douro.

A Casa do Douro não é um problema do Governo nem do Douro. Afirmar a excelência dos vinhos é um problema do Douro, e esse é o tipo de questão que nos deve mobilizar a todos.

Desvaloriza a Casa do Douro.

Não. O que preocupa o Governo é que é preciso um equilíbrio no Douro, o que passa por um interprofissionalismo forte em que os parceiros têm capacidade de negociação. E em que a produção tenha em conta que há milhares de pequenos agricultores que têm de estar bem representados e defendidos. Isso competia à Casa do Douro se se profissionalizasse.

Não consegue fazê-lo.

Há ali um problema de vocação. A Casa do Douro ainda vive na imagem do negócio da aguardente que lhe dava estrutura financeira para entrar no mercado da oferta e da procura. Hoje não pode entrar por aí porque não tem força. Tem de assumir o seu papel de associação socioprofissional. E adequar a sua estrutura de custos.

Anunciou que o IVDP será o único interlocutor do Governo no Douro. E a Casa do Douro?

É um parceiro como a CAP ou uma associação de produtores, que representa, supostamente, a produção. O IVDP é o braço do ministro da Agricultura para a região.

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