Função pública em greve pela reposição das 35 horas
Paralisação dos enfermeiros e pessoal não docente nas escolas pode perturbar serviços
Os enfermeiros vão estar hoje em greve pela reposição das 35 horas de trabalho semanais a todos estes profissionais, independentemente do seu vínculo laboral.
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De acordo com um comunicado, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses afirma que as 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros é a exigência prioritária do SEP e que, para discutir esse assunto, "solicitou uma reunião e reiterou o pedido" ao Ministério da Saúde.
O SEP reafirmou que a manutenção desta greve estava única e exclusivamente dependente da reunião com o Ministério da Saúde e de compromissos que fossem assumidos.
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Segundo o sindicato, entre as saídas e entradas de enfermeiros, o aumento do absentismo pela degradação das condições de trabalho, o número de horas a mais que estão ser exigidas aos enfermeiros sem que sejam pagas são fatores que têm obrigatoriamente que ser analisadas com a tutela.
A 11 de janeiro, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas, anunciou uma greve da administração central para 29 de janeiro, para pressionar o Governo a repor o horário de trabalho semanal de 35 horas na administração pública o mais depressa possível, e não no segundo semestre do ano.
"A greve faz-se porque não faz sentido que a proposta do PS remeta a reposição do horário de 35 horas para julho e ainda lhe acresça a regulamentação no prazo de 90 dias", disse à agência Lusa a coordenadora da Federação dos Sindicatos da Função Pública (filiada na CGTP), Ana Avoila.
Nesta sexta-feira de manhã, a atenção dos sindicatos estará sobretudo voltada para as escolas, acreditando que muitas delas vão encerrar por falta de pessoal não docente.
"Tendo em conta a disponibilidade demonstrada pelos trabalhadores dos vários setores acreditamos que vamos ter muita adesão à greve", disse Ana Avoila.