Meados de 2015. Rui Costa e Orlando Lopes, dois colegas numa empresa de marketing digital, jantavam num restaurante do Porto. Nada de muito sofisticado, apenas um espaço que servia refeições diárias. Repararam que, à volta, as mesas estavam preenchidas. "Havia muita gente sozinha e outros comiam um pouco a despachar. Ou seja, não estavam a celebrar nada. Aquela era a sua rotina. Eram pessoas que tinham ido jantar fora porque ou não quiseram cozinhar, ou não gostam de o fazer, ou não tinham ingredientes. Mas se calhar, se tivessem opção, teriam preferido ficar em casa", recorda Rui. Foi o momento Eureka dos dois colegas, que há algum tempo já pensavam em construir um negócio próprio. "Porque não criar uma comunidade de refeições caseiras? Ficámos a noite inteira a conversar sobre aquilo." Parecia que tinham acertado em cheio. Afinal, no mundo atual, há poucos negócios tão sexy como os de comida. Os programas de MasterChef são em prime-time, os livros de receitas são best-sellers e os chefs de cozinha são rockstars.