Covid-19. Governo admite apoiar rendas comerciais a fundo perdido

Indicação foi avançada pelo ministro da Economia no final de uma reunião com as representantes dos empresários. Siza Vieira diz que o Executivo está "inclinado" para esta solução.
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O Governo admite apoiar as rendas comerciais em regime de fundo perdido, anunciou esta quinta-feira o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

Trata-se de "um apoio a fundo perdido para as rendas comerciais para podermos fazer face às despesas com as rendas", indicou o governante, depois de reuniões com várias confederações patronais.

"O Governo tem a noção de que tivemos uma suspensão das rendas em 2020 devido ao encerramento" por força de aplicação da lei, indicou o ministro. "Essa não é a solução e o que as associações nos têm solicitado é que haja uma intervenção", apontou, a seguir ao encontro com a Confederação do Comércio e Serviços.

De acordo com Pedro Siza Vieira, os empresários "pediram que o Governo avançasse com o apoio a fundo perdido para as rendas ou que a Assembleia da República legislasse para a redução das rendas".

"Aquilo a que nos estamos a inclinar é para o apoio a fundo perdido para fazer face às despesas com o arrendamento tendo em conta as quebras de faturação", avançou o ministro que recusou dar mais pormenores, deixando mais detalhes para depois da reunião do Conselho de Ministros.

O ministro da Economia insistiu que o Governo tem falado com todos os representantes dos empresários e tem apresentado medidas que incluem sugestões das confederações empresariais, quando questionado sobre a greve de fome de empresários em frente ao parlamento.

Pedro Siza Vieira deu o exemplo do programa Apoiar.pt que tem uma verba de "750 milhões de euros a fundo perdido para as empresas do comércio não alimentar, restauração, cultura e outros que são mais impactados por esta depressão da procura", indicou o ministro, atualizando os dados da adesão a este instrumento.

"A adesão é muito significativa", apontou Siza Vieira", indicando que houve 30.288 candidaturas de empresas que solicitaram um apoio a fundo perdido e vão receber 298,5 milhões de euros. Destes mais de 100 milhões são de empresas da restauração", detalhou o ministro.

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