Consumo de eletricidade aumenta 2,7% em setembro em termos homólogos
O consumo de eletricidade aumentou 2,7% em setembro em relação ao mês homólogo do ano anterior, segundo dados hoje divulgados pela REN - Redes Energéticas Nacionais.
De acordo com a informação da REN, esta evolução deve-se "fundamentalmente às temperaturas acima dos valores normais que se continuaram a sentir".
Com a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis regista-se, ainda assim, um aumento de 0,9%.
No final do terceiro trimestre, o consumo de eletricidade registou, assim, uma subida anual de 0,9% (0,4% com correção de temperatura e dias úteis).
Já o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,23, um valor acima da média "mas com pouco significado por se tratar de um mês com valores tipicamente muito baixos".
Na produção eólica, segundo a REN, os valores ficaram ligeiramente abaixo da média com um índice de 0,96.
"O sistema nacional manteve-se exportador, com um saldo equivalente a cerca de 5% do consumo nacional", com a produção a partir de fontes renováveis a abastecer este mês 38% do consumo nacional (mais o saldo exportador), acrescenta.
Para o período de janeiro a setembro, o índice de produtibilidade hidroelétrica anual situou-se em 1,66 e o de produtibilidade eólica em 1,09.
A produção renovável abasteceu 61% do consumo (mais saldo exportador), repartindo-se pela hidráulica com 33%, eólica 22%, a biomassa 5% e fotovoltaica 1,5%.
A produção não renovável abasteceu 39%, dos quais 20% com carvão e 19% com gás natural.
Ainda no período de janeiro a setembro, acrescenta, o saldo exportador equivaleu a 12% do consumo nacional.
Segundo a REN, no mercado de gás natural, o consumo manteve a tendência dos últimos meses, registando em setembro "um forte crescimento homólogo de 10,6%", com o segmento de produção elétrica a crescer 34% e o segmento convencional a registar também uma variação marginalmente positiva (0,4%).
No final do terceiro trimestre regista-se, assim, o consumo de gás natural mais elevado desde 2011, e uma variação, face ao mesmo período do ano anterior de 2,2%, com o crescimento de 28% no mercado elétrico a compensar uma redução de 4,1% no mercado convencional.