O novo ano começa com o regresso do comboio operário da CP. Arrancou esta segunda-feira o transporte de trabalhadores das oficinas da CP entre Contumil e Guifões, após 16 anos de ausência. Com a presença do presidente da transportadora, Nuno Freitas, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, este momento serviu para chamar a atenção das potencialidades do regresso do serviço de passageiros para a linha de Leixões..O comboio operário circula duas vezes por dia, numa viagem de cerca de 15 minutos a cargo de uma automotora elétrica, da série 2240. A marcha da manhã realiza-se entre as 8h10 e 8h25; a marcha da tarde parte às 17h40..O veículo circula com revisor e paga a taxa de uso à gestora da infraestrutura, a IP. O comboio também pode ser utilizado pelos operários das oficinas de manutenção do Metro do Porto, igualmente em Guifões..A CP e os trabalhadores das oficinas ficam a ganhar com o regresso deste serviço..A empresa pode prescindir do aluguer de autocarro para transportar os operários, diminuindo os custos em pelo menos 7000 euros por mês. Os trabalhadores ganham uma opção para chegar a horas ao local de trabalho e poupam dezenas de euros por mês, ao evitarem a utilização do carro e apanharem trânsito na A4, sobretudo no túnel de Ermesinde..Para que este comboio seja realizado com custos controlados, a CP teve de estabilizar a oferta das automotoras elétricas a nível nacional. O comboio operário é feito com o mesmo material que faz o comboio interregional Coimbra-B/Porto-Campanhã, da parte da manhã..Ao final da tarde, depois de deixar os operários em Contumil, a UTE 2240 faz o comboio interregional Porto-Campanhã/Coimbra-B. Esta viagem, anteriormente, era feita com uma automotora a gasóleo, da série 592, que está alugada pela CP à congénere espanhola Renfe..O regresso do comboio operário também é visto como uma chamada de atenção para o potencial da linha de Leixões no mapa ferroviário nacional. Sem serviço de passageiros há 10 anos, este troço faz a ligação entre as estações de Contumil e de Leixões, funcionando como uma linha de cintura na área metropolitana do Porto..Dinheiro Vivo