Certificados de poupança vão sofrer resgates
Durante os últimos anos os certificados de poupança, principalmente os Certificados do Tesouro, foram uma fonte importante de financiamento do Estado. Mas para o próximo ano, o governo prevê um contributo negativo destes instrumentos. Na proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, o ministério das Finanças prevê resgates líquidos de mil milhões de euros durante 2019 (231 milhões em Certificados de Aforro e 769 milhões em Certificados do Tesouro).
O governo explica a previsão de saída de investimento destes produtos com o fim do prazo dos primeiros Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM). "A partir de outubro de 2018, os primeiros CTPM começarão atingir a sua maturidade original, estimando-se amortizações de 610 milhões a vencer em 2018 e 2,9 mil milhões de euros em 2019, a que acrescem também amortizações da série C de CA (cerca de 80 milhões em cada ano).
Na proposta do OE é detalhado que "os CTPM que vencem em 2019 beneficiavam de remunerações muito atrativas". O governo admite que "uma parte significativa deste montante poderá não ser reinvestida" nos certificados que estão atualmente disponíveis para subscrição e que apresentam juros mais baixos".
Rui Barroso é jornalista do Dinheiro Vivo