Centeno. "Pagámos estradas onde nunca andamos e estádios vazios. Foi tudo investimento público"

Governador do Banco de Portugal arrasou com a falta de cuidado e exigência nos investimentos públicos feitos no passado, como os estádios do Euros 2004. É por isso que hoje os projetos demoram mais a arrancar.
Publicado a
Atualizado a

Parte dos atrasos excessivos no arranque de muitos investimentos públicos é explicada pelo maior "cuidado" e pela maior "exigência" que hoje existe na aplicação do financiamento dos projetos face ao que acontecia no passado, defendeu Mário Centeno, o governador do Banco de Portugal (BdP), num debate que decorreu em Lisboa, esta quinta-feira (25 de maio).

Centeno insistiu que é preciso acelerar mais na execução dos fundos, mas pediu cautela para não se cometerem alguns erros graves do passado.

"Precisamos de perceber que, por exemplo, em Portugal, acabámos por pagar estradas onde nunca vamos andar, e isso foi investimento público", "temos estádios [de futebol] que estão vazios, e isso é investimento público", atirou o governador do banco central durante uma mesa redonda da "conferência sobre investimento e financiamento da resiliência e renovação da Europa".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt