António Ramalho. "Percalço que aconteceu no parlamento naturalmente terá de ser analisado"

O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, considerou hoje que a anulação, pelo parlamento, da transferência de 476 milhões de euros do Fundo de Resolução para o banco foi um "percalço".
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Depois da suspensão da transferência de 476 milhões de euros para o Fundo de Resolução do Novo Banco, António Ramalho, CEO do banco, mostra-se tranquilo no cumprimento dos acordos, mas sublinha que "o percalço que aconteceu no parlamento naturalmente terá de ser analisado com profundidade e naturalmente que o faremos".

À margem de uma conferência em Braga, esta sexta-feira, Ramalho aproveitou para "recordar que o que parlamento decidiu foi de alguma forma um congelamento da transferência, se for devida, porque isso só é determinado nas contas de final do ano, após um conjunto de escrutínios. E se o problema é escrutinar o NB, este é o banco mais escrutinado de Portugal e, julgo, da Europa. É escrutinado por auditores próprios, por auditores pedidos pela Assembleia da República, pela comissão de acompanhamento, por um agente de verificação. O escrutínio será feito e o congelamento terá o tempo que for necessário", disse.

O líder do Novo Banco aproveitou ainda para deixar o recado de que "os acordos realizados em 2017 são dois acordos, entre o fundo de resolução e o NB e entre o Estado português e a UE. Nos últimos 3 anos foram cumpridos entre todas as partes e isso permitiu realizar uma reestruturação muito profunda, que permite ao banco ser sustentável e reestruturado e um banco que está focado nos seus clientes."

Quanto à posição do governo, depois da proposta do BE que foi aprovada na quinta-feira, Ramalho mostra-se tranquilo: "A maior garantia que o primeiro ministro nos dá, tem sido o rigoroso cumprimento daquilo que foi acordado pelo Estado e pela UE. Também o banco tem cumprido, porque só assim seriam possíveis todas as dotações de capital que ficaram negociadas em 2017. Não é o melhor momento para um português, e falo como cidadão, verificar que um acordo feito em 2017 pelo estado português foi posto ligeiramente em causa pelo estado português, ainda que temporariamente, pelo parlamento do seu país"

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