Traz o sorriso nos olhos e o coração na garganta e o abraço tímido que me dá quando me recebe na esplanada do Vila Galé Paço d"Arcos, com o mar a aquecer-lhe as costas, em pouco mais de nada se transforma em acolhimento quente e sincero. Aos 46 anos, Helena Freitas tem estampado no rosto o brilho da maternidade recente - a segunda, numa idade em que a decisão contrariou o conselho de amigos e família. E Manel, de cinco meses, sorridente e corado nas fotografias que me mostra do casamento celebrado há dias, minutos depois do seu batizado, é a prova maior do acerto das convicções que não deixa serem desarmadas por opinião alheia. Helena decide o que quer. Sempre foi assim, desde que nasceu no Porto que continua a ser a sua casa mas ao qual somou outras moradas de coração, como Lisboa ou Maputo. "Sou verdadeiramente nortenha, mesmo tendo perdido o sotaque. Foi lá que cresci e que me licenciei em Economia, mas acabei por me fixar em Lisboa quando vim trabalhar para a EY", conta-me enquanto me guia pelo labirinto que a trouxe à liderança da Sanofi em Portugal.