Agentes da PSP e militares da GNR com aumentos entre os 90 e os 107 euros
Os agentes da PSP e os militares da GNR vão ter no próximo ano um aumento no salário base entre os 90,64 e os 107,70 euros, conforme as posições remuneratórias, segundo a tabela que é esta terça-feira apresentada aos sindicatos.
A este aumento na remuneração base, entre os 10,9% e os 12,7%, acresce ainda uma subida do suplemento por serviço e risco nas forças de segurança entre os 18,13 e os 21,54 euros.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, dá hoje a conhecer às associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR) e aos sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) as propostas do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) relativas aos aumentos salários para guardas e polícias e o correspondente acréscimo no suplemento de risco.
Segundo a proposta da nova tabela remuneratória, a que Lusa teve acesso, os agentes da PSP e guardas da GNR na primeira posição remuneratória vão beneficiar de um aumento de 90,64 euros, passando dos atuais 809,13 euros para 899,77, a que se junta um aumento de 18,13 euros do suplemento de risco, que sobe para 279,95.
Já os elementos das forças de segurança que se encontram nas oitavas e sétimas posições, respetivamente, vão ter uma melhoria salarial de 104,22 euros, mais um aumento 20,84 do subsídio de risco.
A maioria subida na remuneração base e no subsídio de risco vai para os agentes e guardas que estão na segunda posição, que vão ter um aumento de 107,70 euros e 21,54 respetivamente.
Os aumentos de 10,9% e os 12,7% no vencimento base e de 6,92% e 7,99% no subsídio de risco são para salários até aos 1.163 euros.
Os chefes da PSP, sargentos da GNR e oficiais vão ter o aumento idêntico ao da restante função pública, 52,11 euros em salários brutos até 2.570,82 euros e de 2% nos salários acima deste valor, a que acresce um aumento entre os 1,7% e os 3,1% no subsídio de risco, dependendo do vencimento base.
Esta tarde, no dia em que o ministro da Administração Interna se reúne com os sindicatos da PSP, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) realiza um protesto em frente à Assembleia da República, em Lisboa.
No âmbito da campanha "Dignidade Não é Caridade", a ação de protesto da ASPP pretende manifestar "oposição à mistura entre caridade e dignidade profissional que o Governo pretende imprimir" e "demonstrar mais uma vez que é necessário investir em segurança e dignificar os profissionais da Polícia de Segurança Pública".
O presidente da ASPP, Paulo Santos, disse à Lusa que o Governo está a preparar um pacote de medidas sociais para os polícias, como alojamentos ou creches para os filhos dos polícias, mas insistiu que "as questões de dignificação salarial, melhorias das condições de trabalho e o respeito pela condição policial não se respondem com caridade ou assistencialismo social".