Agência DBRS sobe rating da dívida portuguesa em um nível, para nota A

"Défice público poderá atingir uma posição equilibrada ou excedentária já este ano", diz a DBRS. Esta promoção pode ajudar a travar subidas de juros da República.
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O rating da dívida portuguesa, isto é, a capacidade de o País honrar as dívidas e conseguir pagar aos credores nacionais e internacionais, subiu um nível, de A (baixo) para A, anunciou a agência de notação financeira sediada no Canadá, esta sexta-feira, 21 de julho. A perspetiva (outlook) é "estável", acrescenta a empresa.

"A subida de categoria reflete a opinião da DBRS Morningstar de que a melhoria significativa dos resultados orçamentais e da dívida de Portugal, face a uma evolução externa difícil, aponta para uma maior resiliência e para a redução do risco de crédito", dizem os avaliadores.

"As finanças públicas beneficiaram de um crescimento económico saudável, de um aumento constante das receitas fiscais e da redução das despesas relacionadas com a crise".

Assim, "o défice orçamental público consolidou-se para 0,4% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022 e poderá atingir uma posição equilibrada ou excedentária já este ano".

"A combinação de um crescimento económico estável e de fortes excedentes primários resultou numa descida acentuada do rácio da dívida pública, que o Banco de Portugal (BdP) prevê possa atingir 92,5% do PIB em 2025", acrescenta a agência.

"A nota (rating) poderá ser melhorada se as autoridades portuguesas conseguirem reduzir o rácio da dívida pública mais do que o previsto ou se o país melhorar a sua capacidade de resistência económica e o seu potencial de crescimento."

Em contrapartida, futuras notações "poderão ser revistas em baixa se o compromisso político com políticas macroeconómicas sustentáveis enfraquecer, resultando numa deterioração significativa das perspetivas para as finanças públicas".

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