Union Berlim-Wolfsburgo esteve interrompido por insultos ao dono do ... Hoffenheim
O encontro entre o Union Berlim e o Wolfsburgo, da Bundesliga, foi este domingo interrompido por duas vezes, pelo comportamento dos adeptos da equipa local, que exibiram faixas a criticar o dono do Hoffenheim, Dietmar Hopp. Já no sábado, o árbitro foi obrigado a interromper o Hoffenheim-Bayern Munique, por motivos semelhantes. Também o Borussia-Friburgo teve ações contra o milionário dono dos hoffes, com o árbitro a ameaçar suspender o jogo.
Hoje, no Estádio An der Alten Försterei, para além do dono do Hoffenheim, também a Federação Alemã de Futebol (DFB) foi criticada nas faixas exibidas, uma situação que levou igualmente o árbitro Bastian Dankert a parar o desafio por duas vezes, com os jogadores a recolherem temporariamente aos balneários.
Os responsáveis do Union Berlim apelaram ao fim das manifestações nas bancadas e o capitão dos anfitriões, Christopher Trimmel, deslocou-se mesmo à zona do protesto para falar com os adeptos, tendo o jogo, que terminou empatado a dois golos, sido retomando instantes depois.
Os protestos dos adeptos alemães contra Dietmar Hopp não são inéditos, mas agravaram-se quando a DFB proibiu os apoiantes do Borussia Dortmund de assistirem aos jogos da sua equipa no reduto do Hoffenheim nas próximas duas épocas, como castigo pelos insultos a Dietmar Hopp.
Mas porque é tão odiado o bilionário e polémico dono do hoffe? Segundo a imprensa alemã, a questão é simples. O futebol alemão tem uma regra em vigor ("50+1"), um regulamento que impede que um investidor privado tenha mais do que 49% das ações '50+1'. Uma regra, que Dietmar Hopp não cumpre, já que beneficiou de uma exceção para tomar o controlo do clube (96%), que na altura estava na quinta divisão alemã. Além do Hoffenheim, propriedade do dono da empresa de telecomunicações SAP, há ainda mais duas exceções: o Bayer Luverkusen que é da farmacêutica Bayer e o Wolfsburgo que é propriedade da Volkswagen.
Não deixa de ser estranho que num jogo entre o Union Berlim e o Wolfsburgo, que está na mesma situação que o Hoffenheim, os adeptos apenas se concentrem em Hopp...
"Se eu soubesse minimamente o que esses idiotas querem de mim, seria mais fácil para mim entender isso. Não sei explicar tanta hostilidade, lembra tempos muito sóbrios. Sinto pelas circunstâncias. Mas tenho muito o que fazer, sentar na minha mesa, fazer meu trabalho. Infelizmente, (as manifestações) atingiram uma nova dimensão. Agradeço a solidariedade e, claro, é uma grande ajuda que medidas estejam sendo tomadas", reagiu o dono do Hoffenheim ao canal alemão Sport1.
E se os adeptos rivais pensam que ele vai deixar de ir aos estádio estão muito enganados:"Por que eu não deveria mais ir ao meu estádio (do Hoffenheim)? As pessoas que fazem isso que precisam ficar longe. Agora estou ansioso para ver até onde isso vai..."
O Leipzig ficou-se por uma igualdade (1-1) na receção ao Bayer Leverkusen, este domingo, perdendo assim terreno para o líder Bayern Munique, na 24.ª jornada da Liga alemã de futebol.
Os locais estavam obrigados a vencer para continuarem a um ponto dos bávaros, mas não foram capazes de contrariar o bom momento do Leverkusen, que se colocou em vantagem pelos pés do jamaicano Leon Bailey (29'), anulada três minutos depois, quando o checo Patrick Schick bateu, de cabeça, o guardião Hradecky.
Com o empate, o Leipzig segue no segundo lugar, com 49 pontos, a três do Bayern e com mais um do que o Borussia Dortmund, de Raphäel Guerreiro, enquanto o Bayer Leverkusen, que eliminou o FC Porto nos 16 avos de final da Liga Europa, é quinto, com 44.