Solari, Conte e até Mourinho: os nomes de que se fala para o Real
Em cinco jogos, quatro derrotas e um empate em casa. Faz esta segunda-feira precisamente um mês que o Real Madrid ganhou pela última vez e o futuro do novamente apelidado "Flopetegui" - como o treinador Julen Lopetegui ficou rotulado depois da sua passagem pelo Porto - parece ter ficado traçado depois da derrota do último fim de semana em casa com o Levante. Há mesmo quem diga que pode já nem orientar a equipa na terça-feira contra o Viktoria Plzen, para a Liga dos Campeões. Isto quando se aproxima um Barcelona-Real Madrid, já no próximo domingo.
Mais um ponto baixo no currículo de Lopetegui, que foi despedido do FC Porto em 2016 depois de uma passagem sem títulos e que deixou poucas saudades aos adeptos, e de um polémico afastamento da seleção espanhola a dois dias de um jogo com Portugal no mundial deste ano, quando anunciou que iria mudar-se para o Santiago Bernabéu sem ter informado previamente a federação do seu país.
Dentro e fora de Espanha já há uma lista de possíveis alternativas para o lugar do treinador basco, com Santiago Solari, Roberto Martinez e António Conte à cabeça. Mas nem o nome de José Mourinho falta entre as hipóteses para liderar o tricampeão europeu.
Escolher o treinador da equipa B é uma opção recorrente entre muitos clubes sempre que as coisas com o principal dão para o torto. Neste caso foi o próprio treinador do Castilla (equipa secundária do Real Madrid) que admitiu este domingo, depois de um jogo em Vigo, que "todos querem ajudar o clube e ainda mais em alturas difíceis". Nascido na Argentina, Solari, de 42 anos, é um antigo jogador do Real e é visto como uma solução de médio prazo - e mais barata -, capaz de unir o balneário até ao final da época. Tal como aconteceu quando Zidane foi nomeado treinador, a sua continuação dependeria dos títulos conseguidos no final da temporada.
Currículo não lhe falta: foi tricampeão em Itália com a 'sua' Juventus, da qual foi jogador, e ganhou o campeonato inglês com o Chelsea. Em Londres, chegou ao céu, com um recorde de 30 vitórias em 38 jogos, e caiu depois no inferno, com uma época de maus resultados e desavenças com jogadores como David Luiz. E esse é um dos problemas apontados ao treinador italiano de 47 anos, a sua gestão das relações no balneário. É que a saída de Cristiano Ronaldo do Real Madrid parece ter deixado marcas profunda entre os seus antigos colegas - ainda esta segunda-feira o El País publica uma notícia onde afirma que o problema no Santiago Bernabéu foi a saída de Ronaldo - e Conte, ainda sem clube depois de ter sido despedido do Chelsea, pode não ser o mais indicado para levantar a moral. Ainda assim, notícias em Inglaterra avançam já que há negociações para levar o italiano para Espanha.
Jogador com uma carreira modesta, foi como treinador no Reino Unido que ganhou fama, principalmente depois de ter levado o Wigan a ganhar a sua única Taça de Inglaterra, em 2013, contra o já na altura multimilionário Manchester City. Apesar de ser considerado um treinador que põe as suas equipas a jogar um futebol atrativo, o espanhol de 45 anos não evitou que a equipa descesse à segunda divisão. Passou depois pelo Everton antes de ser nomeado selecionador da Bélgica em 2016. O facto de ter conseguido chegar ao pódio (3º lugar) no último campeonato do mundo parece colocá-lo também no top 3 de candidatos ao melhor clube do mundo nas últimas temporadas.
É um desejo antigo do Real Madrid. O treinador argentino do Tottenham já foi apontado várias vezes como o preferido de Florentino Perez para tomar conta da equipa 'branca', mas é visto como uma solução apenas para a próxima época. O antigo jogador, agora com 46 anos, conhece bem a Liga Espanhola, onde treinou e jogou no Espanyol de Barcelona.
A lista de possíveis hipóteses para treinar o gigante de Madrid é extensa, com jornais a apontarem nomes para todos os gostos. Desde os mais disponíveis, como Laurent Blanc ou Cláudio Ranieri; aos mais próximos emocionalmente, como Raul, Michel ou Guti; aos que dificilmente sairão das equipas que treinam atualmente, como Jürgen Klopp, do LIverpool, ou Sarri, do Chelsea; até aos que até estão tremidos nas suas equipas atuais mas já estiveram em Madrid e não saíram de lá da forma mais pacífica. Sim, o regresso de José Mourinho - contestado no Manchester United - ao Bernabéu também é falado, mas o histórico de divisões dentro do balneário na sua primeira passagem pelo Real pode não ajudar.