Peterhansel e português Paulo Fiúza vencem quarta etapa nos automóveis
A dupla luso-francesa gastou 04:04.34 horas para cumprir os 453 quilómetros da especial que ligou Neom a Al-Ula, com um total de 672 quilómetros, deixando o segundo classificado, o qatari Nasser Al-Attiyah (Toyota) a 2.26 minutos.
O líder da prova, o espanhol Carlos Sainz (Mini), terminou na terceira posição, a 07.18 minutos do piloto do Mini.
Sainz tem agora 3.03 minutos de vantagem para Al-Attiyah, que é segundo, apesar de uma penalização de três minutos, e 11.42 minutos face a Stéphane Peterhansel.
Na quinta-feira, disputa-se a quinta etapa da 42.ª edição da prova, com uma ligação entre Al-Ula e Ha'il, com 564 quilómetros de extensão, 353 deles ao cronómetro.
O Rali Dakar, que decorre na Arábia Saudita, começou no domingo em Jeddah e vai terminar no dia 17 em Riade.
Esta vitória surge depois de Stéphane Peterhansel se ter queixado dos problemas de comunicação, em inglês, com o copiloto português. Pela primeira vez, o gaulês tem a seu lado um copiloto que não fala francês, o que se tornou um problema para enfrentar as primeiras etapas desta edição do rally Dakar. "Em 21 edições do Dakar, nunca comuniquei com o copiloto em inglês, pelo que terei de me habituar", disse Peterhansel após terminar a primeira etapa do rally em segundo lugar, a dois minutos do vencedor, o lituano Vaidotas Zala.
Na segunda etapa, entre as cidades Al Wajh e Neom, a dupla luso-francesa perdeu mais de 22 minutos e chegou a estar perdida. "A navegação fica complicada e o meu inglês não melhora", comentou no final da etapa de domingo o sr. Dakar, que soma seis títulos nas motos e sete nos carros.
Agora, porém, Stéphane Peterhansel (Mini) admitiu que a melhoria na comunicação com o copiloto português Paulo Fiúza foi um dos segredos para a sua primeira vitória na edição 2020 do Rali Dakar de todo-o-terreno, na quarta etapa. "O meu copiloto e eu estamos a começar a comunicar de forma mais serena e precisa, pelo que está a melhorar", disse o piloto francês no final da corrida.
"Sabe bem, depois de todos os problemas nos primeiros dias. Ainda tivemos um furo, que nos custou algum tempo. Não foi uma especial perfeita, mas sabe bem vencer", sublinhou o piloto da Alsácia, em declarações à organização. O vencedor da etapa desta quarta-feira queixou-se, ainda, de "mais pedras do que o esperado nos últimos 60 quilómetros".
Depois de ter tido a seu lado compatriotas como o atual diretor do Dakar, David Castera, e outro atual membro da organização, Jean-Paul Cottret, Stéphane Peterhansel tinha previsto participar no rally com a sua mulher, Andrea Peterhansel, um sonho que o casal queria cumprir há já algum tempo e para o qual treinaram nos últimos meses, mas uma lesão de última hora impediu a alemã de participar no Dakar. À última hora, a equipa X-Raid Mini anunciou que seria o português Paulo Fiúza a sentar-se ao lado direito do galardoado piloto francês na Arábia Saudita.