Mourinho: "Se tivesse ficado no FC Porto ou no Inter Milão podia ter 31 títulos"
José Mourinho abriu o livro numa entrevista esta quarta-feira ao jornal francês L'Équipe, onde falou sobretudo do passado. Relativamente ao futuro, deixou uma única certeza, que não será o treinador do Paris Saint-Germain.
O recente título de campeão inglês conquistado pelo Manchester City permitiu a Pep Guardiola somar 26 títulos como treinador, desempatando as contas com o técnico português, que tem 25. Eis a explicação de Mourinho sobre este facto.
"Não me incomoda. Recorda-me que estou com 25 títulos. Se tivesse ficado no FC Porto ou no Inter Milão depois de ganhar a Champions, teria disputado a Supertaça, a Supertaça Europeia, o Mundial de Clubes e podia ter 31 títulos. Talvez não esteja tão focado nos números", referiu o Special One.
Outro tema abordado por Mourinho foi o seu futuro e que clube vai treinar na próxima temporada. Sobre este assunto, deixou apenas uma garantia, que não vai ser o treinador do PSG na nova temporada. "PSG? Impossível. Não se pode treinar um clube que tem um treinador. Têm de me falar de um clube que tenha a porta aberta", referiu, dando a sua explicação para o insucesso do clube parisiense nas provas europeias.
"É um clube que tem uma dimensão global, com jogadores de grande nível. Mas ainda não ganhou ao nível europeu e isso é muito importante. É o que digo aos treinadores. Podem ter grandes qualidades, mas se chegam ao final da carreira e não ganharam nada ao nível europeu, fica a faltar algo. Neste momento o PSG está nesta fase: ganha sempre em França, como a Juventus em Itália e o Bayern Munique na Alemanha. É líder do futebol francês mas está atrás dos maiores clubes europeus", opinou.
O tempo acabou por dar razão a Mourinho em relação ao Manchester United, o último clube que treinou e do qual foi despedido em dezembro. "Disse há nove ou dez meses que depois de ter vencido oito campeonatos, terminar em segundo com o Manchester United talvez tenha sido o meu maior feito. Agora, as pessoas já compreendem o que queria dizer. Nem sempre faço a avaliação ao meu trabalho no Manchester United em público. Não é algo que queira discutir e sinto que não quero entrar em pormenores. Já me expliquei o suficiente. Sobre o United quero dizer apenas duas coisas: o tempo falou e os problemas continuam lá", disse, enumerando os problemas do clube inglês: "Os jogadores, a organização, a ambição. Pogba? Não posso dizer que foi o único responsável da situação. Não fui vítima de Pogba."