Miguel Oliveira sobe uma posição no Mundial de MotoGP após o GP do Japão. "Estamos no bom caminho"
Miguel Oliveira (KTM) subiu este domingo uma posição no Mundial de MotoGP depois de ter terminado o Grande Prémio do Japão na 12.ª posição, dia em que a Honda festejou o título de Construtores graças à vitória do espanhol Marc Márquez.
"Foi uma corrida em crescendo. Depois de um bom arranque não me consegui posicionar bem para poder ultrapassar e fui passado por alguns pilotos nas primeiras curvas. Depois consegui impor o meu ritmo e criar mais espaço para ultrapassar. Fiz a minha corrida em crescendo e terminei bastante forte, nos pontos, que era o objetivo depois de ter andado bem na Tailândia", disse o piloto de Almada.
Miguel Oliveira recuperou da 18.ª posição em que passou na meta na primeira volta até ao 12.º posto final. Um resultado que deixa o piloto satisfeito, a pensar em melhores resultados nas três provas que faltam até final da época de estreia na classe rainha do Mundial de Velocidade.
"Nas três últimas corridas queremos terminar cada vez mais próximos do top10. A equipa está contente com o resultado mas queremos mais. Estamos no bom caminho. O meu corpo reagiu melhor do que eu esperava. Vamos trabalhar para melhorar ainda mais o resultado na Austrália", concluiu Miguel Oliveira.
Numa corrida com pouca história dado o domínio exercido por Márquez desde o arranque no Twin Ring de Motegi, o piloto português arrancou da 16.ª posição da grelha mas terminou a primeira volta apenas em 18.º.
No entanto, no último terço da corrida, Miguel Oliveira beneficiou de uma escolha acertada de pneus, pois a mistura intermédia que usou na traseira permitiu maior longevidade das borrachas em comparação com os pneus macios dos seus adversários do meio do pelotão.
O piloto de Almada terminou as 25 voltas desta 16.ª prova da temporada a 27,870 segundos do vencedor e a pouco mais de dois segundos da melhor KTM, a do espanhol Pol Espargaró, que foi 11.º classificado.
A vitória de Márquez só esteve ameaçada pelo próprio ritmo do já campeão mundial, que chegou a ter 2,6 segundos de vantagem sobre o segundo classificado, o francês Fabio Quartararo (Yamaha), antes de o aviso de falta de combustível o ter feito abrandar o ritmo na última volta, tendo mesmo de ser empurrado pelos adversários depois de cortada a meta.
Ainda assim, os 870 milésimos de segundo de vantagem com que cortou a linha de meta foram suficientes para dar o 25.º título mundial de Construtores à Honda, graças à décima vitória da temporada do piloto espanhol, quarta consecutiva.
Com três provas ainda por disputar, Marc Márquez e a Honda já são campeões mundiais enquanto Miguel Oliveira aproveitou a queda do italiano Andrea Iannone (Aprilia) para subir um lugar no Mundial, sendo agora 16.º, com 33 pontos.
Márquez chegou aos 350 pontos, mais 119 do que o italiano Andrea Dovizioso (Ducati), que hoje foi apenas terceiro.
Em Moto2 vive-se um duelo de famílias campeãs. O italiano Luca Marini (Sky Kalex) venceu a segunda corrida consecutiva. No entanto, o irmão de Valentino Rossi está apenas no sexto lugar do campeonato, a 58 pontos do líder, o espanhol Alex Márquez (Estrela Galicia Kalex), irmão do campeão de MotoGP Marc Márquez.
Em Moto3 foi o italiano Lorenzo dalla Porta (Leopard Honda) a vencer, alargando a vantagem na liderança do campeonato para os 47 pontos.
A próxima corrida é o GP da Austrália, no dia 27 de outubro.