15 julho 2018 às 17h57

Mbappé: "Quero fazer ainda melhor, mas campeão do Mundo já é bom"

Avançado francês marcou um dos golos da final (4-2, frente à Croácia) e foi eleito o melhor jogador jovem do Campeonato do Mundo. Griezmann ficou desnorteado com o título: "Nem sei onde estou! Estou muito feliz."

Isaura Almeida

Kylian Mbappé sagrou-se este domingo campeão do Mundo aos 19 anos e dedicou o triunfo (frente à Croácia, 4-2) ao povo francês. "Estou muito feliz. Tinha fixado as minhas ambições em termos coletivos no início do Mundial. A estrada foi longa mas valeu a pena. Estamos orgulhosos por termos deixado os franceses contentes. Tivemos esse papel, de fazê-los esquecer todos os problemas. Jogamos por esse tipo de causas", disse o jogador do PSG.

Mbappé foi eleito o melhor jovem do Mundial 2018, ele que marcou um golo na final e passou a ser o segundo mais jovem a marcar numa final de um mundial depois de Pelé (18 anos em 1958). Mas quer mais: "Não estou apenas de passagem pelo futebol: ser campeão do Mundo é uma mensagem. Quero fazer ainda melhor, mas campeão do Mundo já é bom. Trabalhámos toda a temporada e agora é hora de celebrar".

Já Antoine Griezmann foi eleito o terceiro melhor jogador do Mundial 2018, depois de Modric e Hazard, e teve dificuldade em encontrar as palavras certas para o momento em que a França se sagrou campeã do Mundo na Rússia.

"Nem sei onde estou! Estou muito feliz. Foi um jogo muito difícil, a Croácia fez uma grande partida. Entrámos no jogo de forma tímida, mas conseguimos fazer a diferença. Estamos ansiosos por levar a taça de volta para França", explicou, no final do jogo à TF1.

O avançado francês foi ainda eleito o melhor jogador da final e admitiu ainda que podia ter batido o penálti, que deu o 2-1, de outra forma: "Hesitei sobre marcar à Panenka, à Zidane. Mas preferi abrir o pé."

Paul Pogba e o sonho de criança

"Fizemos a França vibrar. Esperamos que eles estejam orgulhosos de nós. Obrigado! É extraordinário. É um sonho de criança. Eu não tenho voz! Hoje, eu disse que estávamos a 90 minutos de fazer história para a vida, para fazer a França vibrar. É magnífico", desabafou Pogba, já depois de receber a medalha e de ter beijado o troféu de campeão do mundo.

Já Olivier Giroud revelou como foram os primeiros festejos: "Celebrámos no balneário com o presidente da França, Emmanuel Macron, que esteve presente, tal como Vladimir Putin e também a presidente croata, que quis dar-nos os parabéns. Estamos em euforia."

E Adil Rami: "Orgulho de mostrar que não sou um bandido"

"Campeão Mundial? Não é nada, é normal para nós! (risos). Não, é uma coisa louca ... Não me atrevo a imaginar o que está a acontecer em França. Temos um país que tem sofrido muito. Sou francês de origem marroquina e tenho orgulho disso, orgulho de mostrar que não sou um bandido, orgulho de dar ao meu país uma alegria destas. Gosto da França. Estou muito feliz por todos. Este país merece isso. Hoje, todos estão a festejar, mas tornar-se campeão mundial no desporto mais popular do mundo não é fácil. Isso requer muito sacrifício, muito trabalho", disse Adil Rami.

O orgulho do capitão, aquele que levantou a Taça

Hugo Lloris, foi ele que levantou a taça, mas depois teve de i ao controlo antidoping: "Os meus colegas já têm umas bebidas de avanço, mas vamos recuperar rapidamente. Vamos juntar-nos e celebrar juntos. E segunda-feira com os franceses."

"É bom ver os franceses alegres, com um sorriso, vê-los com lágrimas. É assim que gostamos de ver o nosso país e o futebol tem esse poder. É por isso que jogamos futebol. Temos muito mérito e podemos orgulhar-nos de nós próprios. Há muito trabalho por trás deste título", lembrou o guarda-redes sem esquecer o lance do 4-1: "Anedótico."

Como capitão, foi ele que levantou o troféu de campeão do mundo: "É um grande privilégio, como capitão, ter erguido o troféu e agradeço a todos os meus companheiros de equipa por permitirem que a França tenha vencido. Ainda para mais tinha na bancada a minha avó, os meus irmãos, o meu pai, a minha mulher e as duas filhas."

As lágrimas de Pavard

Já Benjamin Pavard lembrou onde estava quando a França perdeu o Euro 2016: "O que fizemos é enorme. Estou muito feliz pelo grupo todo. Há dois anos estava com os meus amigos numa fan zone em Lille a ver o Euro2016. Há um ano, jogava na segunda divisão alemã. Aqui, fui titular e campeão do mundo. Nos últimos dois ou três minutos do encontro, derramei lágrimas. Agora é saborear com a equipa e com a família, pois estas coisas são muito raras."