Brasileiro Malcom recebido com protestos racistas na estreia pelo Zenit
Malcom foi contratado pelo Zenit ao Barcelona por 40 milhões de euros, mas não teve a estreia desejada no clube russo. No primeiro encontro (1-1, com o Krasnodar) o jogador foi alvo de manifestações racistas por parte dos próprios adeptos. Alguns dos apoiantes mais radicais mostraram o seu desagrado com a cor da pele do novo reforço. "Obrigado aos diretores por respeitarem nossas tradições", era a mensagem crítica numa tarja presente nas bancadas.
Esta não é a primeira vez que tal acontece, com os adeptos extremistas do Zenit a reprovarem a contratação de atletas negros e homossexuais, ou que simplesmente não façam parte "de nações irmãs eslavas, dos estados Bálticos e da Escandinávia". "Temos a mesma mentalidade e passado histórico e cultural dessas nações. Não é racismo, é tradição", justificaram em comunicado numa dessas ocasiões.
O clube reagiu à polémica nas redes sociais e negou relevo a qualquer manifestação racista. "54,078 adeptos saudaram juntos o nosso novo homem. Vejam por vocês mesmos e não pelas palavras dos outros", escreveu o Zenit no Twitter.
No entanto, segundo a imprensa russa, o clube já estará a ponderar vender o jogador. "Talvez o Zenit venda o Malcom já em janeiro devido aos problemas de racismo. Os adeptos do Zenit não o aceitam", declarou uma fonte à agência noticiosa RIA Novosti.