Brasileiro Malcom recebido com protestos racistas na estreia pelo Zenit

Jogador brasileiro foi contratado pelo clube russo ao Barcelona há uma semana, mas já se fala numa saída em janeiro depois da receção hostil dos adeptos radicais do Zenit
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Malcom foi contratado pelo Zenit ao Barcelona por 40 milhões de euros, mas não teve a estreia desejada no clube russo. No primeiro encontro (1-1, com o Krasnodar) o jogador foi alvo de manifestações racistas por parte dos próprios adeptos. Alguns dos apoiantes mais radicais mostraram o seu desagrado com a cor da pele do novo reforço. "Obrigado aos diretores por respeitarem nossas tradições", era a mensagem crítica numa tarja presente nas bancadas.

Esta não é a primeira vez que tal acontece, com os adeptos extremistas do Zenit a reprovarem a contratação de atletas negros e homossexuais, ou que simplesmente não façam parte "de nações irmãs eslavas, dos estados Bálticos e da Escandinávia". "Temos a mesma mentalidade e passado histórico e cultural dessas nações. Não é racismo, é tradição", justificaram em comunicado numa dessas ocasiões.

O clube reagiu à polémica nas redes sociais e negou relevo a qualquer manifestação racista. "54,078 adeptos saudaram juntos o nosso novo homem. Vejam por vocês mesmos e não pelas palavras dos outros", escreveu o Zenit no Twitter.

No entanto, segundo a imprensa russa, o clube já estará a ponderar vender o jogador. "Talvez o Zenit venda o Malcom já em janeiro devido aos problemas de racismo. Os adeptos do Zenit não o aceitam", declarou uma fonte à agência noticiosa RIA Novosti.

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