Luis Díaz resolveu problemas de Sérgio Conceição

A perder e quase a ficar reduzido a 10, Díaz entrou e acabou por catapultar FC Porto para uma vitória aos pontos em Guimarães (2-3)
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Um jogo como um combate de boxe. Golpe de um lado, golpe do outro, jogo de pés muito rápido nos dois cantos e grande capacidade de encaixe das duas equipas. Um jogo intenso e com pouco espaço junto das balizas acabou com cinco golos. Porque à meia hora Sérgio Conceição resolveu um problema (lesão de Pepe e Baró a escapar ao segundo amarelo) com as entradas de Sarr e do artista Luis Díaz, que solucionou o problema do FC Porto em Guimarães.

Pela primeira vez, o campeão nacional conseguiu vencer um jogo em que entrou a perder. Não foi assim em Alvalade (2-2), nem em Paços de Ferreira (2-3). Aliás, na Capital do Móvel até acabou por funcionar como o toque a rebate.

Nesse jogo, a 30 de outubro, a equipa de Sérgio Conceição perdeu pela última vez em 2020. Daí para cá, foram 13 jogos em várias competições, 12 vitórias, a continuidade nas taças internas e na Liga dos Campeões. E um troféu: 2-0 ao Benfica na semana passada e conquista da Supertaça.

Ou seja, as duas equipas defrontavam-se nos picos de forma. Porque o Vitória somou três vitórias consecutivas na Liga, sem sofer golos e reclamando ser a melhor defesa do país. Até esta noite.

Esta noite, o Vitória entrou praticamente a ganhar. Aos 7", Rochinha aproveitou um erro de Uribe para avançar em direção à área e disparar de longe, tentando a sorte. A fortuna sorriu-lhe: bola desvia em Diogo Leite e tira Marchesín do lance. 1-0.

Do banco do FC Porto ouvia-se um gutural "entrem no jogo, piiiii". Conceição sentia a equipa pouco intensa. À meia hora, um problema duplo tornou-se numa solução de ouro. Pepe estava lesionado e Baró tinha acabado de escapar ao segundo cartão amarelo. Saíram ambos e entraram Sarr e o brilhante Luis Díaz.

Aos 42", Sérgio Oliveira fez uma das raras aparições em jogo e lançou Marega, que de primeira serviu Taremi. O iraniano deslizou e encostou para o empate.

Na segunda parte, continuou o combate. Com muita emoção e momentos de futebol muito bons - sempre assentes em troncos físicos muito fortes.

Aos 63", Quaresma sacou um cruzamento abençoado (pequeno desvio num adversário) e Estupiñán fez o 2-1. Em dia de 24.º aniversário, colombiano fez o terceiro golo em três jogos pelo Vitória.

Mas Díaz não tinha entrado para ver os outros brilharem. Logo a seguir (65"), deslizou suavemente mas decidido pela esquerda e cruzou rasteiro para Taremi bisar. Belo golo do iraniano, a rematar na passada.

Varela negou um golo que já se cantava nas hostes portistas, num cabeceamento fortíssimo de Marega. O Vitória espreitava o golpe letal, através de Rochinha e Quaresma.

Aos 80", Díaz recolheu um mal alívio da defesa vitoriana e arrancou para a vitória. Remate forte e colocado, Varela atirou-se para o vazio. Golo e reviravolta do campeão, finalmente.

A equipa de Sérgio Conceição fecha o ano de 2020 no 3.º lugar da Liga, a quatro pontos do líder Sporting e a dois do rival Benfica.

Se este foi o último jogo de 2020, venha o novo ano, com o otimismo da época: que 2021 se construa sobre jogos destes.

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