Amnistia Internacional apela a Juventus e AC Milan para boicotarem a Supertaça

Em causa o jogo marcado para janeiro na Arábia Saudita, país que está a ser responsabilizado pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi
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A Amnistia Internacional (AI) apelou a Juventus, de Cristiano Ronaldo e João Cancelo, e AC Milan para boicotarem o jogo da Supertaça italiana, a disputar em janeiro de 2019, na Arábia Saudita, na sequência do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

"Grandes clubes como a Juventus e o AC Milan devem compreender que a sua participação em eventos desportivos nesse país pode ser entendida como uma caução desportiva. Apelamos a que reflitam sobre a sua participação e sobre o sinal que estarão a enviar aos adeptos do mundo inteiro e aos corajosos militantes pelos Direitos Humanos na Arábia Saudita", afirmou Allan Hogarth, responsável da AI no Reino Unido .

Jamal Khashoggi, jornalista e opositor saudita exilado nos Estados Unidos que escrevia para o Washington Post, foi assassinado a 2 de outubro, durante uma deslocação ao consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, para tratar de documentação relativa ao seu casamento com uma cidadã turca.

Depois de terem negado, inicialmente, a morte do jornalista, as autoridades sauditas, sob pressão internacional, avançaram várias versões antes de declararem, na quinta-feira, que, com base em informações fornecidas pela Turquia, os suspeitos do assassínio de Khashoggi tinham cometido um ato "premeditado", mas sem conhecimento do poder saudita.

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