Sporting passa na prova dos nove à boleia de Raphinha

A temporada 2018/19 parece estar a terminar cedo demais para o Sporting, que chega à reta final com energia e numa sequência impressionante de bons resultados. Este sábado, na receção ao Vitória de Guimarães (2-0), os leões somaram a nona vitória consecutiva e o 12.º jogo seguido sem perder em todas as competições.

Em Alvalade vindo de duas derrotas, os vimaranenses apresentaram-se em Alvalade com um ataque bastante móvel, sem um ponta de lança fixo, com Rochinha a aparecer no lugar que habitualmente está destinado a Alexandre Guedes, carrasco do Sporting na final da Taça de Portugal na época passada. Organizados defensivamente e focados em sair rapidamente para o ataque, os homens de Luís Castro conseguiram neutralizar os leões e chegar ao último terço com alguma regularidade durante os primeiros 15 minutos, mas nunca foram verdadeiramente perigosos. Nem no primeiro quarto de hora nem no resto do encontro.

O conjunto orientado por Marcel Keizer, por sua vez, foi gradualmente melhorando a produção ofensiva, conseguindo acertar por duas vezes nos ferros entre os 18 e os 20 minutos. Primeiro por Raphinha, depois por Bruno Fernandes. Mais tarde, foi a vez de Luiz Phellype (33'). E quando não foram os postes nem a trave, foi Miguel Silva, que brilhou com intervenções que negaram o golo a Mathieu (30'), Raphinha (32') e Diaby (38').

Cheirava a golo em Alvalade, mas nem o Sporting, que já o justificava, nem Raphinha, que fez um excelente trabalho individual, nem o Vitória de Guimarães, que teve razões de queixa, mereceram a forma como foi obtido. Menos de um minuto depois de Rui Costa não ter assinalado uma falta de Acuña sobre Rochinha à entrada da área leonina, o extremo brasileiro colocou os verde e brancos em vantagem num lance em que até deu para contornar Miguel Silva, o que originou protestos acesos e consequentemente as expulsões dos dirigentes (e ex-jogadores) vimaranenses Flávio Meireles e Moreno. Se dentro de campo quem podia ver alguma coisa nada assinalou, o videoárbitro ficou de mãos atadas porque a falta foi anterior à jogada de ataque que dá o golo e não há certeza absoluta de que a infração ocorreu no interior da área, situações que o protocolo do VAR não cobre.

Em desvantagem, os minhotos ficaram apáticos e nem o intervalo fez alguma coisa para curar essa apatia. O Sporting aproveitou para chegar ao 2-0 no início do segundo tempo, na sequência de um grande trabalho individual de Raphinha, que serpenteou sobre Florent e assistiu Luiz Phellype, que marcou pelo quinto jogo consecutivo no campeonato, um feito que apenas Jardel, Slimani e Bas Dost tinham conseguido de leão ao peito no século XXI.

A partir daí, o Sporting geriu a vantagem e controlou o jogo a seu bel-prazer, somando mais três pontos que lhe permitem ficar a seis do FC Porto e provisoriamente a cinco do Benfica.

De regresso ao onze após ter falhado a visita ao Nacional devido a lesão, o extremo brasileiro esteve endiabrado no reencontro com a antiga equipa. Depois de ter acertado na trave aos 18 minutos e de ter obrigado Miguel Silva a intervenção apertada aos 32, aproveitou um grande passe de Bruno Fernandes para abrir o ativo, num lance em que até deu para tirar o guarda-redes vimaranense do caminho (38'). Foi dele o golo 100 do Sporting nesta temporada. No início da segunda parte, voltou a ser decisivo, desta vez com uma assistência para Luiz Phellype depois de ter serpenteado com grande qualidade sobre o lateral Florent (52').

Jogo realizado no Estádio José Alvalade, em Lisboa.

Árbitro: Rui Costa (AF Porto).

Assistência: 44.107 espetadores.

Sporting: Renan Ribeiro, Ristovski, Coates, Mathieu, Acuña, Wendel (Miguel Luís, 85), Doumbia (Borja, 68), Bruno Fernandes, Raphinha, Luiz Phellype (Jovane, 89) e Diaby.

Treinador: Marcel Keizer.

Vitória de Guimarães: Miguel, Sacko, Osório, Pedro Henrique, Rafa Soares (Florent,45+4), Joseph (Pêpê, 67), Wakaso, Rochinha, Tozé, Ola John (Guedes, 53) e Davidson.

Treinador: Luís Castro.

Marcadores: 1-0, Raphinha, 39 minutos; 2-0, Luiz Phellype, 51.

Disciplina: cartão amarelo para Wakaso (42).