Empate sofrido com o Aves apura Benfica para a final four da Taça da Liga
O Benfica sofreu, sofreu, mas conseguiu apurar-se para a final four da Taça da Liga, ao empatar esta sexta-feira a um golo na Vila das Aves. A equipa de José Mota foi sempre superior, criou as melhores ocasiões, chegou a estar em vantagem com um golo de Baldé, mas Seferovic aos 70' marcou o golo que apurou os encarnados. Chegou ao fim um ciclo de vitórias de sete jogos dos encarnados, mas ficou a consolação da presença nas meias-finais da prova, onde já está o Sp. Braga. As restantes duas equipas que vão marcar presença na final four só serão conhecidas durante o fim de semana. Mas caso o FC Porto siga em frente (defronta o Belenenses no domingo), teremos um clássico já no dia 22 de janeiro.
Com o Benfica apenas a precisar de um empate, era expectável que Rui Vitória aproveitasse para rodar jogadores menos utilizados. Mas o treinador dos encarnados jogou pelo seguro e fez apenas três alterações no onze em relação à equipa que no fim de semana goleou o Sporting de Braga, apostando de início em Svilar no lugar de Vlachodimos, Yuri Ribeiro em vez de Grimaldo e Seferovic no ataque no lugar de Jonas. No conjunto avense, que só podia apurar-se em caso de vitória, José Mota mudou quatro peças relativamente à derrota com o Belenenses, numa equipa onde as novidades foram Beunardeau, Jorge Fellipe, Falcão e Derley.
O Aves entrou muito bem no jogo. Com um meio-campo forte e a construir jogadas em velocidade, a equipa criou dois lances de perigo nos primeiros 10 minutos. Primeiro num remate de Derley que passou um pouco ao lado da baliza de Svilar, e depois de novo com Derley como protagonista, que não conseguiu dar o melhor seguimento a uma boa jogada de Baldé. O aviso estava dado e do banco Rui Vitória começava a dar instruções para os seus jogadores.
O Benfica sentia dificuldades em desenvolver jogadas de ataque com princípio, meio e fim, perante um Aves que defendia bem e tentava sempre lançar contra-ataques em velocidade, na tentativa de apanhar a defesa do Benfica desprevenida. Apesar de ter mais posse de bola, a equipa de Rui Vitória não transformava essa mais valia em lances de finalização. O lance mais perigoso surgiu através de Zivkovic (o melhor elemento das águias na primeira parte), aos 20', num remate cruzado que saiu muito ao lado. Aproveitava o Aves, que aos 40' esteve novamente perto do golo, com Amilton a livrar-se de Rúben Dias e a rematar com perigo ao lado. O intervalo chegou e Rui Vitória certamente suspirou de alívio.
A segunda parte começou praticamente com o golo do Desportivo das Aves, com Rodrigo Soares a assistir de forma perfeita Baldé que, de cabeça, e depois de ganhar posição a André Almeida, colocou a bola no fundo das redes da baliza de Svilar. Um golo merecido por tudo o que a equipa de José Mota tinha feito na primeira parte e que obrigou logo Rui Vitória a pedir a Jonas para intensificar o aquecimento, com o brasileiro a entrar aos 59' para o lugar de Cervi.
Apesar de um ou outro susto, o Benfica intensificou a pressão e chegou ao golo aos 70 minutos. Zivkovic fez a assistência e Seferovic, sem marcação na pequena área do Aves, dominou a bola e fez o empate. Os encarnados tinham outra vez o apuramento nas mãos.
O Aves nunca virou a cara à luta e fez o Benfica passar por vários momentos de aflição até ao final da partida. E, diga-se, merecia mais. Mas o resultado não sofreu alterações e o empate bastou para a equipa de Rui Vitória seguir em frente rumo à final four, num jogo que marcou o fim da invencibilidade do Benfica depois de sete jogos a vencer e que marcou o regresso de Salvio, quase dois meses depois de se ter lesionado. Uma palavra para o Aves. Foi a melhor equipa em campo e merecia melhor sorte, perante um Benfica que, sobretudo na primeira parte, pareceu agarrado ao facto de lhe bastar um empate para seguir em frente na prova e que só esboçou reação depois de sofrer o golo.
No outro jogo do grupo A, já sem qualquer importância em termos de apuramento, o Rio Ave empatou 1-1 na receção ao Paços de Ferreira.