África do Sul vai recorrer da decisão do TAS no caso de Caster Semenya

Atleta foi obrigada a reduzir níveis de testosterona para pode competir em provas da federação internacional.
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A África do Sul vai recorrer da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que indeferiu o recurso da atleta Caster Semenya, no que toca ao regulamento que limita a testosterona. "Vamos recorrer o mais rápido possível", indicou à agência AFP o porta-voz do ministério dos desportos sul-africano, Vuyo Mhaga, em nome da Federação sul-africana de atletismo.

Em 1 de maio, o TAS rejeitou o recurso de Semenya contra os regulamentos da Associação das Federações Internacionais de atletismo (IAAF) em relação aos atletas com híperandrogenia, caso da sul-africana, tricampeã mundial e bicampeã olímpica dos 800 metros.

Num julgamento histórico, a comissão de três juízes do TAS votou 2-1 e proferiu um veredicto complexo em que admitiu que as regras propostas pela IAAF para atletas com "diferenças de desenvolvimento sexual (DSD)", como é o caso de Caster Semenya, "são discriminatórias", mas "devem ser aplicadas".

Os juízes rejeitaram os dois pedidos de arbitragem de Caster Semenya e decidiram que "com base nas provas apresentadas pelas partes, tal discriminação é um meio necessário, razoável e proporcional para atingir o objetivo da IAAF de preservar a integridade das competições desportivas".

Segundo Vuyo Mhaga, o recurso dos sul-africanos terá em conta o facto de dois juízes do TAS terem decidido anteriormente num caso de hiperandrogenia, em 2015, em que anularam uma suspensão à velocista indiana Dutee Chand.

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