Futebolistas norte-americanas apresentam queixa por descriminação de género
Meses antes de começar a defender o seu título mundial de futebol, as jogadoras da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos da América avançam com uma ação judicial por discriminação de género contra a federação de futebol norte-americana, acusando a federação nacional de pagar menos à equipa feminina e de submetê-la a condições de trabalho inferiores às da seleção masculina.
O processo, aberto no Tribunal Distrital em Los Angeles, é a mais recente arma numa batalha de anos entre a equipa feminina, que ganhou três Mundiais, e a federação US Soccer sobre a compensação e tratamento em comparação com a equipa masculina dos EUA, que alegam as queixosas, tem menos competitividade, nunca conquistou um título mundial e não se qualificou para o último Campeonato do Mundo.
No processo, adianta o The Washington Post , as mulheres alegam que a US Soccer "fracassou em promover a igualdade de género" e afirmam que os funcionários da federação "chegaram a alegar que 'as realidades do mercado são tais que as mulheres não merecem ser pagas da mesma forma que os homens'".
Em 2016, cinco futebolistas da equipa de mulheres dos EUA também alegaram discriminação salarial numa queixa à comissão federal de oportunidades iguais de emprego que aparentemente não teve sucesso, levando à ação judicial de sexta-feira.
A US Soccer não respondeu por enquanto a um pedido para comentar o processo.
O processo, aberto no Dia Internacional da Mulher, é em nome de 28 jogadores atuais - incluindo as estrelas Alex Morgan, Megan Rapinoe e Carli Lloyd - e procura o estatuto de ação coletiva, abrindo a possibilidade de dezenas de ex-jogadores poderem participar.
"Sentimos a responsabilidade não apenas de defender o que sabemos que merecemos como atletas, mas também pelo que sabemos que é certo - em nome das nossas companheiras de equipa, futuras colegas de equipa, atletas do sexo feminino e mulheres em todo o mundo", diz a futebolista Rapinoe, num comunicado de imprensa.