Diretor leonino relata agressões: "Levei murros na cabeça, pontapés"
O agredido foi o diretor das modalidades do Sporting, Miguel Albuquerque, que durante a madrugada, através das redes sociais, contou como tudo aconteceu, confirmando que as agressões foram de um grupo de adeptos do Benfica.
"No final do jogo da Supertaça de Futebol, no Estádio do Algarve e quando me dirigia para o meu carro, fui cobardemente atacado por cerca de 15 adeptos do Benfica devidamente identificados com camisola desse clube, que ao me reconhecerem avançaram em grupo desferindo vários murros na cabeça, socos e pontapés! Um ato cobarde de gente sem escrúpulos ao me agredirem a traição e agindo em grupo. Obrigado a todos os que se preocuparam com as notícias vindas a público, pelas muitas mensagens que recebi de preocupação!
Agora descansar e continuar a trabalhar! Não será com atos destes que me vão desviar de continuar a ajudar o Sporting Clube de Portugal diariamente a lutar pelos seus objetivos e a defender o clube", lamentou.
Frederico Varandas, presidente do Sporting, denunciou no final do jogo a agressão ao diretor dos leões. "Estiveram aqui os presidentes dos clubes, o primeiro-ministro, o Presidente da República, o secretário de Estado do Desporto e ainda o presidente da Federação. Que vejam o horrível do futebol. Um diretor do Sporting foi agredido por 15 cobardes e selvagens que não podem estar no desporto. Teve de receber assistência hospitalar", atirou, no Estádio Algarve.
"Isto é uma vergonha, há que ter coragem de banir estes selvagens todos", reforçou ainda Frederico Varandas. "Desconheço. Mas se isso aconteceu, lamento imenso", reagiu por sua vez Luís Filipe Vieira, o presidente do Benfica.
O líder leonino abordou também a goleada, falando numa noite dura, mas num resultado exagerado. "É uma noite dura. O que se passou aqui é futebol. É um resultado extremamente enganador, mas por vezes o futebol não é justo. Se repetirmos 10 vezes o que fizemos até aos 60 minutos, talvez só em dois jogos estaremos a perder 0-2. A partir daí perdemos o controlo emocional e isso não pode acontecer numa equipa profissional. De qualquer forma, aos adeptos pouco interessa a justiça ou injustiça. Claro que dói" afirmou.