Dragão fecha a baliza, segura apuramento e garante 65 milhões de euros

O FC Porto arrancou um empate 0-0, em casa, com Manchester City e assegura o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Marchesín foi herói que deixou os ingleses em branco.

O FC Porto está nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O apuramento foi conseguido, a uma jornada do fim da fase de grupos, com um empate 0-0 no Estádio do Dragão diante do Manchester City, que já tinha garantida a qualificação, mas que assim assegurou o primeiro lugar do grupo C.

Este resultado permitiu aos dragões garantir 9,5 milhões de euros pela passagem à fase a eliminar da Champions, tendo já embolsado no total 65,092 milhões de euros no que diz respeito a prémios nesta competição. Esta foi a 16.ª vez que o FC Porto ultrapassou a fase de grupos, sendo que é a terceira sob o comando de Sérgio Conceição. Aliás, só Jesualdo Ferreira conseguiu este feito mais vezes, com quatro apuramentos.

A saber que o empate era suficiente para seguir em frente, o treinador portista montou uma estratégia em que privilegiou a segurança defensiva, com uma defesa de cinco jogadores, com a inclusão de Diogo Leite, e um meio-campo em que Sérgio Oliveira, Uribe e Otávio povoavam o corredor central para anular o forte jogo interior do Manchester City. Sérgio Conceição apostava tudo na velocidade e virtuosismo de Jesús Corona e no poder físico de Marega para surpreender o adversário.

Só que a estratégia resultou apenas pela metade, uma vez que os citizens empurraram os portistas para o seu meio-campo e, de forma paciente, foram fazendo o seu jogo para desmontar a organização dos campeões nacionais. A única vez que o FC Porto levou o perigo à baliza de Ederson foi num lançamento lateral de Zaidu, que Diogo Leite tocou, obrigando o guarda-redes brasileiro a afastar.

De resto, Marchesín bem pode agradecer a cortes providenciais de Sérgio Oliveira e Mbemba, mas também a Zaidu Sanusi que, em cima da linha de golo, evitou que o remate de Sterling fosse para dentro da baliza. O intervalo chegou com o domínio absoluto do Manchester City, com 69% de posse de bola e nenhum remate do FC Porto enquadrado com a baliza.

Marchesín, o super herói portista

No segundo tempo, o sentido do jogo manteve-se. O FC Porto, com a humildade de quem reconhece a superioridade do adversário, a defender a sua baliza, mas sem força para criar dificuldades à defesa inglesa. E o saldo de remates enquadrados dos dragões foi apenas um de Sérgio Oliveira aos 51 minutos, sem problemas para Ederson.

Do outro lado brilhava Marchesín, que aos 58 minutos faz a mancha perante Sterling e, dez minutos depois, parou um remate de Ferrán Torres numa jogada em que a bola não entrou por milagre, pois Rúben Dias não a conseguiu desviar em cima da linha de golo.

O guarda-redes do FC Porto voltou a brilhar a remates de Bernardo Silva e Eric García, antes de Gabriel Jesus meter finalmente a bola nas redes portistas, mas o golo acabou por ser anulado pelo VAR por fora de jogo de Bernardo Silva no início da jogada.

O apito final do árbitro acabou por ser um suspiro de alívio para o FC Porto, que assim cumpriu o quarto jogo consecutivo sem sofrer golos. O ponto conquistado acabou por não fazer assim grande falta, uma vez que em Marselha, a equipa de André Villas-Boas deu uma ajuda ao vencer o Olympiacos por 2-1.

FICHA DO JOGO

Estádio do Dragão, no Porto
Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)

FC Porto - Marchesín; Wilson Manafá (Nanu, 72'), Mbemba, Diogo Leite, Malang Sarr, Zaidu Sanusi; Jesús Corona (Luis Díaz, 62'), Sérgio Oliveira, Uribe, Otávio (Fábio Vieira, 87'); Marega (Evanilson, 72')
Treinador: Sérgio Conceição

Manchester City - Ederson Moraes; João Cancelo, Rúben Dias, Eric Garcia, Zinchenko; Rodri, Fernandinho; Bernardo Silva, Phil Foden, Sterling; Ferrán Torres (Gabriel Jesus, 71')
Treinador: Pep Guardiola

Cartão amarelo a Rodri (51'), Marega (68')

FILME DO JOGO

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