Diogo Jota vestiu a pele de Ronaldo e levou suecos aos desespero
A seleção nacional continua sem perder na Liga das Nações e mantém-se firme na defesa do título conquistado em 2019. Desta vez, venceu a Suécia, em Alvalade, por 3-0, perante 5 mil espectadores, um resultado que permite manter a liderança do grupo 3 com os mesmos pontos que a França, que foi vencer à Croácia, por 2-1.
À partida para este jogo, os suecos devem ter respirado de alívio porque não iam ter pela frente o seu carrasco habitual, Cristiano Ronaldo (sete golos marcados aos nórdicos), que ficou impedido de jogar por estar infetado com covid-19. Só que, desta vez, foi Diogo Jota a vestir a pela de CR7 e a brilhar com dois golos e uma assistência para Bernardo Silva.
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A Suécia regressa a casa com os mesmos zero pontos com que chegou a Lisboa e vai agora lutar com a Croácia pela manutenção da Liga A da Liga das Nações. A equipa de Fernando Santos fica agora à espera do jogo com a França, que pode decidir tudo neste grupo.
Cristiano Ronaldo, em confinamento na sua casa, em Turim, deve ter gostado bastante da forma como a seleção nacional entrou na partida. Aliás, o trio atacante formado pelo seu substituto Diogo Jota, Bernardo Silva e João Félix mostraram logo um grande dinamismo que baralhou a defesa sueca, que não se entendia com a mobilidade do ataque português, que ia sendo servido por João Cancelo na direita e por Bruno Fernandes, como unidade de ligação entre o meio-campo e os homens da frente.
E a verdade é que logo aos quatro minutos, Cancelo tirou um cruzamento à medida da cabeça de William Carvalho que atirou ao poste. Era o cartão-de-visita da equipa das quinas perante as cinco mil pessoas que marcaram presente em Alvalade. Não se pense que a Suécia ficou em sentido, nada disso, uma vez que a velocidade e capacidade técnica de Kukusevski, companheiro de CR7 na Juventus, ia criando alguns embaraços à defesa portuguesa, sobretudo a Raphaël Guerreiro, que não sabia como parar aquele que é, atualmente, o melhor jogador desta seleção sueca.
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A Suécia esteve bem perto de abrir o marcador, mas Lustig não aproveitou um corte defeituoso de Pepe e rematou por cima da barra. Mais eficaz foi Bernardo Silva, que aproveitou uma excelente jogada da equipa das quinas, culminada com um passe de morte de Diogo Jota, para abrir o marcador. O jogador do Manchester City voltava aos golos pela seleção, dois anos depois de ter feito um golo na Polónia.
Por essa altura, a França também já ganhava na Croácia, graças a um golo de Griezmann. E os suecos não esmoreceram por estar em desvantagem no jogo, num grupo em que ainda não somaram qualquer ponto e Markus Berg voltou a estar perto de empatar, mas o remate levou a bola a embater no poste. Era um período em que a equipa das quinas sentia problemas em suster a força atacante da asa direita do adversário.
A resposta portuguesa apareceu em cima do intervalo, com João Cancelo a fazer um passe longo teleguiado para os pés de Diogo Jota, que no meio de dois suecos, conseguiu ficar isolado, depois foi só rematar para o segundo golo. Era um golpe duro para os suecos, que por essa altura andavam a rondar a baliza portuguesa à procura do empate.
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Contudo, a equipa treinada por Jan Andersson veio para a segunda parte com o mesmo empenho e determinação na procura do golo que os relançasse no jogo. E ele só não aconteceu porque Rui Patrício também estava inspirado e com três defesas magistrais manteve a baliza a zero.
Portugal era uma equipa com as suas linhas mais recuadas, à procura de aproveitar o adiantamento sueco para colocar bolas nas costas da defesa e assim voltar a chegar ao golo. E foi assim que Bruno Fernandes descobriu João Félix que, isolado, perdeu o terceiro golo português rematando por cima.
Só que a noite era de Diogo Jota, o substituto de Ronaldo, que aos 72 minutos arrancou de forma imparável para a área e rematou para o fundo da baliza do inconsolável Robin Olson. O jogador do Liverpool encarnou bem a forma de jogar do seu treinador Jürgen Klopp e, qual Sadio Mané ou Mohamed Salah, mostrava os argumentos que um avançado deve ter para ser temido.
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Na Croácia, os franceses acabavam também por somar os três pontos graças a um golo de Kylian Mbappé, que mantém as contas do grupo na mesma. França e Portugal somam 10 pontos, com a equipa das quinas na frente devido à melhor diferença de golos. Uma destas seleções estará na fase final da Liga das Nações e no dia 14 de novembro, no Estádio da Luz, realiza-se uma autêntica final entre estas duas seleções, quem vencer garante o apuramento.
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FICHA DO JOGO
Estádio José Alvalade, em Lisboa (5 mil espectadores)
Árbitro: Srdjan Jovanovic (Sérvia)
Portugal - Rui Patrício; João Cancelo, Pepe, Rúben Dias, Raphaël Guerreiro; William Carvalho (João Moutinho, 80'), Danilo Pereira, Bruno Fernandes (Renato Sanches, 88'); Bernardo Silva (Daniel Podence, 76'), João Félix (André Silva, 76'), Diogo Jota (Rafa Silva, 88')
Treinador: Fernando Santos
Suécia - Robin Olsen; Lustig (Mattias Johansson, 54'), Pontus Jansson, Lindelöf, Pierre Bengtsson; Kulusevski (Martin Olsson, 88'), Kristoffer Olsson, Albin Ekdal, Claesson; Marcus Berg (Sebastian Larsson, 88'), Quaison (Alexander Isak, 62')
Treinador: Jan Andersson
Cartão amarelo a Albin Ekdal (36'), Diogo Jota (52'), Kristoffer Olsson (57'), Pontus Jansson (62'), Marcus Berg (79'), Bruno Fernandes (85')
Golos: 1-0, Bernardo Silva (21'); 2-0, Diogo Jota (44'); 3-0, Diogo Jota (72')