Clube quatro vezes campeão eslovaco em liquidação por causa do coronavírus

O MSK Zilina, segundo emblema com mais títulos na Eslováquia, despediu 17 futebolistas da equipa principal que não aceitaram a redução de salário para dessa forma proteger os funcionários do clube.
Publicado a
Atualizado a

O MSK Zilina é o primeiro clube a sofrer os efeitos da crise financeira causada pela paragem dos campeonatos devido à pandemia do coronavírus. Isto porque o segundo clube com mais títulos de campeão da Eslováquia (quatro) entrou em processo de liquidação, de acordo com um comunicado publicado no seu site oficial .

Os dirigentes do Zilina acusam os jogadores de "falta de lealdade" e principais responsáveis por o clube estar à beira de desaparecer, uma vez que eles recusaram a baixar os salários que auferiam, obrigando o clube a despedir 17 atletas da equipa principal, que ocupava o segundo lugar da liga eslovaca quando a prova foi interrompida por causa da pandemia.

Apesar de estar em processo de liquidação, o Zilina informou que irá procurar cumprir as obrigações com aqueles que representaram o clube e acrescentou que, no caso de ser retomado o campeonato, irá apresentar atletas dos seus escalões jovens.

Na nota divulgada, a direção do Zilina avisa que este poderá não ser o único clube eslovaco a desaparecer em consequência da crise financeira que resulta da paragem dos campeonatos devido ao coronavírus.

"A estratégia de financiamento do clube baseia-se na receita da venda de jogadores e, como tal, o orçamento do clube para 2020 dependeria das receitas provenientes da transferência de jogadores no verão, mas é mais do que provável que este ano essa receita seja próxima de zero", justificou o Zilina no seu comunicado, lembrando que "a maior parte das despesas são os salários dos jogadores profissionais".

E foi nesse sentido que "o clube enviou uma mensagem de e-mail aos jogadores com contratos profissionais, propondo reduções temporárias dos seus salários base durante este período, mas eles não demonstraram solidariedade, especialmente pelas outras pessoas que trabalham no clube". O Zilina tem 36 funcionários permanentes, "alguns deles com vínculos precários", e foi por causa deles que tomou a decisão de rescindir os contratos com os 17 futebolistas profissionais do plantel.

O clube considera a atitude dos jogadores em não quererem baixar os salários "totalmente inapropriado, injusto e, nesta situação, pode ser quase liquidativo do clube". E nesse sentido foi nomeado um liquidatário para avaliar os ativos do Zilina.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt