Abraços no relvado e aplausos das bancadas após o apito final
Depois do apito final de Luís Godinho, ninguém diria que se tinha acabado de assistir a um dérbi entre dois clubes rivais há mais de um século e que tinha motivado a amostragem de nove cartões amarelos.
Os ânimos, à flor da pele minutos antes, esfriaram num ápice. O relvado em que tantas situações e decisões se tinham discutido, tornou-se palco de confraternização entre jogadores de ambas as equipas. O benfiquista Rafa, por exemplo, era abraçado pelos antigos companheiros André Pinto e Battaglia, com quem jogou em Braga. Já o sérvio Fejsa punha conversa em dia com o compatriota Petrovic. Os treinadores Rui Vitória e José Peseiro, ambos ribatejanos, cumprimentaram-se de forma bastante amigável. Camaradas de outras de batalhas, águias e leões não puseram a amizade de lado assim que o jogo terminou.
O técnico benfiquista, porém, ficou ainda algum tempo à conversa com o árbitro da partida, já a sua equipa tinha ido para os balneários, depois de ter sido brindada com aplausos pelos adeptos, que inicialmente reagiram em silêncio ao desfecho do encontro.
Entretanto, os jogadores do Sporting despediram-se dos mais de três mil que os foram apoiar à casa do rival à moda da Islândia, com um haka ao estilo do que foi celebrizado pela seleção nórdica no Euro 2016. Seguiu-se o regresso aos balneários, uma viagem difícil para Raphinha, que coxeava e teve de ser apoiado por Ristovski. Os adeptos, esses, só puderam iniciar o trajeto de volta a Alvalade pelas 21.40, quase uma hora de o encontro ter sido dado como encerrado.
Talvez à exceção do lesionado extremo brasileiro leonino, ninguém saiu especialmente triste ou feliz do primeiro dérbi da temporada. O empate não permite que um ganhe vantagem em relação ao outro e faltam 33 jornadas para disputar.