W52-FC Porto. A Sky portuguesa tem trunfos para todos os gostos
W52-FC Porto ou a Sky do pelotão nacional. É assim que se vai apelindo a equipa de Nuno Ribeiro. A estrutura já soma quatro vitórias consecutivas (em bora só a última com a marca FC Porto já associada) na Volta a Portugal e, talvez para que ninguém tenha dúvidas que se está perante a equipa mais forte da corrida, em três dias de competição já soma duas etapas e tem a camisola amarela. Apesar do discurso oficial ser o de que Gustavo Veloso é o líder, a verdade é que se está perante um conjunto com outros fortes candidatos, um deles o atual líder da geral, Raúl Alárcon.
Ontem foi Samuel Caldeira a vencer, por 10 milésimos, num sprint perfeitamente lançado pela equipa, mas com um grupo muito reduzido para o disputar. Duas quedas marcaram o final da etapa - que ligou Reguengos de Monsaraz a Castelo Branco (214,7 km) -, a segunda provocando um corte no pelotão. Para trás ficaram não só os candidatos à geral, como os candidatos à vitória de etapa, como Fábio Silvestre (Sporting-Tavira) ou Daniel Mestre (Efapel). A W52-FC Porto estava na frente e beneficiou desse posicionamento, ainda que a primeira queda tenha "apanhado" dois elementos da equipa: Rui Vinhas, o vencedor do ano passado, e Ricardo Mestre, vencedor em 2011
Caldeira está habituado a festejar as vitórias dos seus líderes, pelo que ficou satisfeito por ter conquistado a etapa. "É uma sensação nova ser eu a vencer, porque já levo sete vitórias na geral da Volta a trabalhar para a equipa", salientou o ciclista. No sábado, Raúl Alárcon escapou para vencer isolado em Setúbal. Tirou a amarela a Damien Gaudin (Armée de Terre) e colocou a W52-FC Porto na posição em que está habituada.
Gustavo Veloso pode ser o líder "oficial", mas também o era no ano passado e quando Rui Vinhas integrou uma fuga que lhe deu a liderança que manteve até final. Nuno Ribeiro tem assim mais armas para baralhar os adversários. E além dos dois espanhóis, Amaro Antunes também aparece bem nesta Volta, depois de já ter conquistado o Alto do Malhão na Volta ao Algarve, a Clássica da Arrábida e o Troféu Joaquim Agostinho. E há que realçar ainda o terceiro lugar na quarta etapa da Volta à Comunidade Valenciana, ganha por Nairo Quintana. Alárcon conquistou a Volta às Astúrias e o Grande Prémio Jornal de Notícias.
A equipa aspira a subir de escalão, mas como equipa nacional a Volta a Portugal é o grande objetivo do ano. E não tem deixado dúvidas de que tem trunfos para quase todas as circunstâncias.
Edgar Pinto no hospital
O ciclista da LA Alumínio-Metalusa-BlackJack foi um dos que ficaram pior na queda já perto da meta. Fernando Pinto, pai de Edgar Pinto, disse à Lusa que o corredor "tem um corte grande na testa" e ficou também com "as costelas muito afetadas", pelo que foi transportado ao hospital.