Vasco Ribeiro. A vida do novo campeão nacional de surf em 10 fotografias

Surfista sagrou-se campeão nacional pela quinta vez no domingo, durante a quarta e penúltima etapa da Liga MEO Surf, na Praia Grande, e tornou-se no surfista com mais títulos nacionais. Em 2020 pensou fazer pausa na carreira...
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O novo campeão nacional de surf dá pelo nome de Vasco Ribeiro e tem 26 anos (nasceu a 22 de novembro de 1994). O surfista conquistou o quinto título, tornando-se o atleta com mais títulos nacionais. O primeiro foi conquistado há dez anos e com apenas 16 anos (2011), tendo ainda ganho em 2012, 2014 e 2017.

Depois de ter vencido as duas anteriores etapas, no Porto e Figueira da Foz, Vasco Ribeiro garantiu na Praia Grande (Sintra) os pontos necessários para ser coroado campeão nacional, apesar da forte oposição de Afonso Antunes.

O surfista aceitou o desafio do DN de revisitar a vida e a carreira em dez fotografias... ainda antes da última (a de campeão em 2021) ser tirada. E há uma fotografia que ainda não foi tirada (a da entrada no WTC).

Da maternidade para a praia

"Devia ter um ano e como se vê já andava na areia. A minha família tem a conceção (restaurante) na Praia da Poça, S. João do Estoril e eu praticamente nasci lá. A minha mãe conta que mal saímos da maternidade fomos à praia almoçar ao restaurante do meu avô."

Infância feliz

"A infância foram tempos muitos felizes, sem preocupações ou responsabilidade, mas com muito amor. Fui uma criança no sentido do termo. Tenho imensas recordações na praia, com amigos e família."

Carrinho vermelho: o brinquedo preferido

"Não sei como mas lembro-me perfeitamente deste carrinho. Era o brinquedo preferido antes da prancha entrar em ação. Passava horas a andar no carrinho, a andar para a frente e para trás no quintal da minha avó na zona do Estoril, perto da praia. Aos 7 anos de idade comecei a fazer surf. O primeiro campeonato em que entrei foi o King of the Groms, em São Torpes, na categoria de Sub-10 com apenas 9 anos."

Aparelho e madeixas naturais

"Não sei porque escolhi esta foto. Usei aparelho, mas o que destaco são as madeixas. Fiquei sempre com madeixas naturais do sol. Em miúdo não ligava nada a protetores solares. Os pais a dizer - "mete creme, mete creme" - e eu - "sim, sim..." e nada. Hoje tenho imensos cuidados, estou quase todos os dias na praia e preciso cuidar da pele principalmente."

As filhas e a viagem assustadora de ser pai

"As minhas duas filhas são a coisa mais importante da minha vida. Partilhar momentos com elas é incrível. Estamos sempre a tirar fotografias para a posteridade. São recordações que ficam registadas. Hoje em dia vivemos ao segundo e a memória pode trair-nos facilmente e elas crescem todos os dias. Fui pai aos 19 anos e foi assustador como uma onda gigante da Nazaré. Pai de primeira viagem é assim, não é uma prancha que metes debaixo do braço e lanças ao mar quando queres, passas a ter algo maior que a própria vida a depender de ti e isso é assustador nos primeiros tempos. Depois vais conquistando o equilíbrio entre o medo e a alegria de os ter. Mudar fraldas, dar banho... tudo faz parte de um mundo novo ..."

O colinho e os puxões de orelhas da mãe

"A minha mãe (Sofia) tal como o meu pai foram e continuam a ser muito importantes na minha carreira. Sempre acreditaram em mim, no início quando tudo não passava de um sonho. É a melhor mãe do mundo. Houve alguns puxões de orelhas, mas teve de ser. E eu farei com os meu filhos se for preciso. "Cuidar do nossos e respeitar toda a gente" foi um conselho que me deu e que eu sempre guardei na memória e faço questão de um dia o dizer às minha filhas."

Família sempre com ele

"Sair do mar e ser recebido com um beijo do pai e das filhas é o cenário perfeito. Foi num campeonato, na Praia Grande, em 2020. Tinha acabado de vencer a prova e eles foram os primeiros a vir ao meu encontro."

A prancha, o mar e a pose de calendário

"Esta fotografia é de calendário (risos)... Sair da água depois de um heat e ter lá o fotógrafo a registar o momento. Gosto muito de surfar Praia da Poça, é especial. Depois gosto de surfar na Ericeira, tem ondas mais consistentes e é melhor para treinar. O calor e água quente das ondas indonésias é aquele sítio paradisíaco onde me imagino num sonho perfeito. As ondas que me trataram melhor até agora foram talvez as do Nepal."

Surfar por surfar

"Nem sempre a prancha significa trabalho e competição. Esta foi tirada em Lagos depois de um swell que dá para relaxar um pouco. De calções e tshirt. É aliar o prazer ao trabalho."

Cinco títulos de campeão

"Cinco vezes campeão nacional! Agora só falta a fotografia da entrada no Circuito mundial e abraçar as minhas filhas."

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