Triplo salto. Engenheiro sucede a Pichardo com Tiago longe do melhor

Hugues Fabrice Zango, do Burquina Faso, sucede a Pedro Pichardo como campeão do mundo. Atleta português não esteve ao nível do salto da qualificação e ficou em 11.º lugar.
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O português Tiago Luís Pereira terminou esta segunda-feira no 11.º lugar a final do triplo salto dos Mundiais de atletismo, que decorrem em Budapeste. Hugues Fabrice Zango, do Burquina Faso, sucedeu a Pedro Pablo Pichardo como campeão do mundo, com um salto de 17,64 metros, enquanto os cubanos Lázaro Martínez (17,41 m) e Cristian Nápoles (17, 40 m) completaram o pódio.

Tiago Luís Pereira, de 29 anos, começou com um salto a 16,26 metros e prosseguiu com dois nulos, ficando de fora dos oito finalistas, e da oportunidade de realizar mais três saltos, depois de ter chegado à final com os 16,77 alcançados na qualificação, no sábado, quando conseguiu o melhor salto do ano, mesmo assim longe do seu recorde pessoal (17,11).

O atleta do Sporting foi o único representante português na competição do triplo, devido à ausência de Pichardo, campeão olímpico, europeu e, até hoje, mundial, que se ressentiu da lombalgia que o afastou de grande parte da temporada ao ar livre.

O novo campeão do mundo conseguiu finalmente, aos 30 anos, uma medalha de ouro numa grande competição, depois da prata nos Mundiais Oregon2022 e do bronze em Doha2019 e nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, quando conquistou a primeira medalha olímpica da história ao seu país. No entanto, é desde janeiro de 2021 o recordista de mundial de pista coberta, tendo saltado 18,07 metros numa prova em Aubière, França.

Além de atleta de alta competição, Zango tem um mestrado em Eletrónica, Energia Elétrica e Automação na Universidade de Artois, em França, e um doutoramento em Engenharia Elétrica na Univerisade de Reims, também em França, este último tirado já no início deste ano.

A portuguesa Fatoumata Diallo ficou esta segunda-feira afastada das semifinais dos 400 metros barreiras nos Mundiais, com o sétimo lugar na quarta série das eliminatórias.

A atleta de 23 anos estreou-se em provas individuais em Mundiais, depois de ter disputado a estafeta 4x400 metros, com o tempo de 56,03 segundos, que lhe valeu o 26.º lugar entre as 41 presentes, mas longe dos seus objetivos.

"Queria mais. Estou muito contente de estar aqui, entre as melhores, mas não correu bem e eu tenho de continuar a trabalhar e a melhorar a técnica nas barreiras. Está a ser uma grande experiência, queria bater o meu recorde e conseguir o recorde nacional e não aconteceu o que eu queria", lamentou a atleta do CO Pechão. "Não deu, mas o atletismo é assim. Há altos e baixos. Tenho de trabalhar para estar melhor no próximo ano", prometeu.

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