Marco Galinha diz que se pode “fazer mais e melhor” no Benfica
“Este estudo demonstra coragem, e mostra que podemos fazer mais e melhor. Juntos. Sim, a união é muito importante no Sport Lisboa e Benfica”, começou por dizer Marco Galinha – acionista da Global Media, dona do DN/Dinheiro Vivo – que fez o discurso de encerramento de um estudo de análise económico-financeira apresentado esta manhã em Lisboa.
Esta análise, continuou, “demonstrou indicadores que revelam que o Benfica pode melhorar e muito. Sem boa gestão não há poder económico, sem poder económico não há glória, e sem glória não há Benfica”, continuou.
O estudo, feito por João Duarte, economista da Nova SBE e por Adrian da Hora Filho, especialista em Finanças, foi encomendado por um grupo de sócios do Sport Lisboa e Benfica, entre eles Marco Galinha, que tem sido apontado como potencial sucessor de Rui Costa nas últimas semanas. O empresário, porém, manteve-se absolutamente em silêncio em relação a essa possibilidade, não tendo havido também espaço a perguntas por parte dos jornalistas.
“Gostava de reafirmar: o Benfica é a união. É urgente levantar o Benfica. Podemos e devemos fazer muito melhor. É um dos melhores clubes do mundo e temos de honrar o nosso passado”, continuou Galinha. “Queremos um Benfica que seja também campeão na gestão e parece que isso não interessa. Queremos um Benfica campeão na transparência, no governance e na liderança”.
O futuro do mundo do futebol é com transparência, seriedade e governance”, repetiu o gestor, recordando que “até durante a ditadura, o Benfica sempre foi um exemplo de democracia, coragem e determinação”. E concluiu: “As vitórias do futuro também são na gestão”.
Nas contas apresentadas pelo economista João Duarte, a manter-se o atual esquema de gestão e considerando vários cenários – base, pessimista e otimista -, todos os caminhos parecem ir dar a uma situação de incumprimento por parte do clube da Luz. Segundo o especialista, a pesar nas contas do clube estão, sobretudo, os custos com transferências de atletas, e um aumento desproporcionado dos gastos – enquanto as receitas crescem moderadamente.
Baseando-se apenas nas contas públicas do clube e fazendo comparações com aquilo que são os resultados financeiros do Sporting Clube de Portugal e do Futebol Clube do Porto, João Duarte defende maior controlo nos custos e a necessidade de aumentar as receitas, frisando especificamente o número e os custos das intermediações das transações feitas pelo SLB ao longo do último triénio.