Skater Gustavo Ribeiro falha final de street, mas deixa garantia: "Nada acaba aqui"
O skater português Gustavo Ribeiro falhou esta segunda-feira o acesso à final da prova de street dos Jogos Olímpicos Paris2024, ao ficar fora dos oito primeiros após a sua 'poule' de qualificação.
Oitavo na estreia olímpica do skate, em Tóquio2020, o português alcançou 142.14 pontos, resultantes do somatório da melhor run (48.31), na qual caiu, e do único 'trick' que conseguiu concluir (93.83), insuficientes para ser um dos oito skaters qualificados para a final, que se disputa a partir das 17:00 locais (16:00 em Lisboa), na Praça da Concórdia.
Depois de ter garantido um diploma na sua estreia em Jogos Olímpicos, Ribeiro, de 23 anos, falhou a final por ter concluído a sua série fora do 'top 8', quando ainda falta disputar uma 'poule'.
Uma queda na primeira run derrotou Gustavo Ribeiro, uma das esperanças de medalha da Missão portuguesa em Paris2024, a não mais conseguir recuperar a confiança perdida e a falhar a final de street.
Candidato às medalhas segundo o próprio, Gustavo Ribeiro acabou a sua 'poule' de qualificação provisoriamente na 13.ª posição, com modestos 142.14 pontos, bem longe dos 230.44 do canadiano Matt Berger, o então oitavo classificado - ainda faltava disputar uma série.
Oitavo na estreia olímpica do skate, em Tóquio2020, hoje o português alcançou 142.14, resultantes do somatório da melhor 'run' (48.31), na qual caiu, e do único 'trick' que conseguiu concluir (93.83), insuficientes para ser um dos oito skaters qualificados para a final, que se disputa a partir das 17:00 locais (16:00 em Lisboa), na Praça da Concórdia.
Inserido na 'poule' 3, o português de 23 anos teve menos público nas bancadas do que nas séries anteriores - a debandada deu-se depois dos franceses Vincent Milou e Aurélien Giraud terminarem a sua qualificação -, mas ainda assim foi muito apoiado, inclusive por portugueses, equipados com a bandeira nacional.
A expectativa era grande, mas acabou na primeira 'run': Ribeiro caiu e a sua confiança caiu com ele. Passou os minutos seguintes a falar com o irmão Gabriel Ribeiro, mas, quando entrou novamente em ação, voltou a sofrer um revés: um operador de câmara que filmava a prova estava no sítio errado, à hora erra, e distraiu o português.
Essa interferência valeu-lhe uma repetição; a 'run' estava a ser perfeita, até nova queda ter desmoralizado completamente o português, que voltou a falhar a 'aterragem' e recebeu apenas 33.37.
Ribeiro estava, assim, já virtualmente eliminado - e o próprio sabia-o, deitando-se no chão, numa zona lateral, a chorar desconsoladamente.
Desconcentrado, falhou no primeiro 'trick' e caiu no terceiro, depois de, pelo meio, ter conseguido uma pontuação animadora de 93.83, que ainda lhe permitia sonhar.
Sob o olhar do presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, e debaixo de um sol escaldante, no primeiro dia verdadeiramente de verão nestes Jogos Olímpicos, o almadense, que era sétimo do ranking olímpico de qualificação, caiu nos dois derradeiros 'tricks' e despediu-se de Paris2024 desiludido.
Para a Missão portuguesa, a eliminação de Gustavo Ribeiro é também desanimadora, já que o skater era um dos diplomas esperados, com a medalha também em perspetiva.
"Nada acaba aqui", garante Gustavo Ribeiro
Gustavo Ribeiro garantiu que "nada acaba" com a queda nas eliminatórias de street nos Jogos Olímpicos Paris2024, admitindo que o skate por vezes é injusto e hoje não funcionou para si.
Depois de ter sido oitavo em Tóquio2020, Gustavo Ribeiro acabou por não conseguir chegar à final, facto consumado logo após a sua série, quando ocupava provisoriamente o 13.º posto, com 142.14 pontos, já longe do oitavo classificado, último lugar de acesso à final.
"O skate, às vezes, é um pouco injusto, podes trabalhar durante anos, mas acordas num dia um pouco mais errado e, às vezes, as coisas não funcionam. Senti que hoje era o meu dia, estava bastante preparado, mas infelizmente não consegui andar de skate da maneira que eu queria. Apesar de tudo, tentei lutar até ao fim, mas, às vezes, como disse, as coisas não funcionam", disse.
Visivelmente desiludido, Gustavo Ribeiro assumiu que não foi o seu dia, "mas nada acaba aqui".
"Ainda falta uma longa caminhada. Sou bastante novo, tenho ainda muitas oportunidades", garantiu o almadense, de 23 anos.
Gustavo Ribeiro disse que o facto de a sua prova ter sido adiada no sábado, devido à chuva, não o afetou em demasia, nem a pressão de ser considerado um dos possíveis medalhados da comitiva lusa, objetivo que ele próprio assumiu.
"Eu acho que, às vezes, acabo por meter um bocadinho de pressão em cima de mim mesmo, sempre disse e sei que funciono bastante bem com a pressão. Às vezes, a coisa não funciona, hoje infelizmente não funcionou, queria bastante, mas agora é levantar a cabeça e continuar no nosso caminho", referiu.
Depois de ter caído na primeira 'run' de duas, Gustavo Ribeiro viu a sua segunda ser afetada por um operador de câmara, que levou à repetição da mesma, na qual teve nova queda, que praticamente o afastou da final, mas o português não gosta "de ter desculpas em nada".
"Até pensei que eles não me iam dar uma oportunidade para repetir a 'run', felizmente deram-me, mas não consegui completar a minha 'run'. Mas acho que não me afetou bastante, estava talvez um bocadinho pressionado a mais, talvez a minha cabeça não estivesse no sítio hoje", reconheceu.
Sobre a estratégia para a prova, Gustavo Ribeiro disse que entrou "com tudo o que tinha", algo que acreditava que lhe daria um lugar na final.
"Sei que a minha 'run' era uma das mais técnicas, sei que se acertasse a 'run' e acertasse o meu plano, geralmente entrava nos três primeiros para a final. Os treinos correram bem, mas não consegui completar o meu plano infelizmente", lamentou.
Gustavo Ribeiro agradeceu o apoio dos portugueses nas bancadas do parque urbano de La Concorde -- pensava que "ia estar um bocadinho menos gente de Portugal" --, pedindo desculpa pela sua prestação.