Roger Schmidt e os assobios: "Se a solução é a minha saída, temos de falar"
Roger Schmidt, treinador do Benfica, admitiu este domingo, pela primeira vez, a possibilidade de deixar o clube tendo em conta os protestos que tem sentido por parte dos adeptos. Isto depois da goleada de 5-0 com que os encarnados venceram o Arouca, na Luz, no penúltimo jogo da temporada.
"Estas pessoas têm recebido muita atenção. Uma coisa é clara: nestas circunstâncias não podemos ser campeões. É impossível. Por isso, se a solução é a minha saída, temos de falar sobre isso, porque na minha opinião foi fantástica a forma como os adeptos, os benfiquistas, reagiram hoje no estádio, mas não podemos continuar uma época inteira desta forma", assumiu o técnico alemão, que tem sido o alvo da contestação dos adeptos, depois de uma época de grandes expectativas que acabou sem títulos.
"Na minha opinião, esta é uma situação especial. Os jogadores estiveram fantásticos, focaram-se em jogar bom futebol. Mas, é como disse, se a solução é a minha saída, vamos falar", assumiu, sublinhando que quem contesta "tem demasiada atenção" da comunicação social.
"Temos de focar-nos nos outros adeptos, nos benfiquistas, os homens, as mulheres, os rapazes, as raparigas, os avôs, as avós... Esses são os benfiquistas, não essas pessoas. Hoje mostraram-no, numa boa forma. Esta é a solução. Como podemos juntar todos atrás de nós. Temos de ver", acrescentou.